Brasília, 12 dez (EFE).- A presidente Dilma Rousseff inaugurou nesta segunda-feira a 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres e reafirmou seu compromisso com a construção de uma sociedade ‘igualitária’, na qual as mulheres ‘sejam cidadãs de primeira classe’ e ‘não vítimas da violência’.
Na condição de primeira mulher eleita para governar o país, Dilma se comprometeu com as mais de mil ativistas reunidas na conferência a ‘honrar cada brasileira’ e trabalhar para erradicar todo tipo de violência de gênero.
A violência doméstica contra a mulher ‘é um momento dramático, que mostra às crianças algo que não teriam que ver, uma agressão covarde que não tem justificativa e que tem que ser criminalizada’, declarou.
Dilma destacou que na próxima quarta-feira participará da conferência a ex-presidente chilena e diretora-executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet, que ‘faz um trabalho de afirmação com dimensão internacional pelo reconhecimento da prioridade que tem a igualdade de gênero no mundo’.
Em seu discurso, a presidente também citou medidas adotadas por seu Governo no atendimento à mulher, como planos para a prevenção do câncer de mama e de útero e a instalação de uma ampla rede de creches públicas em nível nacional.
Além disso, negou rumores que a reforma ministerial irá extinguir ou fundir a Secretaria de Políticas para Mulheres com outra pasta e destacou o crescente papel das mulheres em seu Governo, que conta com nove ministras.
Dilma também pediu às mulheres que participem ativamente na luta política, a fim de alcançar as cotas de participação que lhes correspondem como representantes de ‘mais da metade da população brasileira’.
Com uma maior presença na vida política, a presidente frisou que as brasileiras ‘farão uma verdadeira revolução pacífica para a construção de uma sociedade de iguais, na qual cada uma possa sonhar e realizar seus sonhos, inclusive o de ser um dia presidente da República’, finalizou. EFE