Apesar de os operários da Tokyo Electric Power (Tepco), terem conseguido selar o vazamento de água radioativa da usina de Fukushima, as operações de despejo continuaram nesta quarta-feira pelo terceiro dia consecutivo. Segundo a própria operadora da central nuclear da usina mais afetada pelo terremoto e tsunami de 11 de março, 11.500 toneladas de água radioativa continuam sendo despejadas no mar a apenas 250 quilômetros de Tóquio e seus 35 milhões de habitantes.
Essa água contaminada contém iodo 131 e principalmente o césio 137, que permanece ativo – e prejudicial à saúde – durante dezenas de anos. Especialistas temem que a cadeia alimentar marinha se contamine a partir do plâncton consumido pelos peixes. Um índice máximo de radioatividade foi fixado pelo governo japonês para os produtos do mar, com o objetivo de tranquilizar a população.
O despejo da água no oceano, onde teoricamente elementos radioativos devem se diluir, é necessário para liberar as piscinas de armazenamento e enchê-las de água altamente radioativa que se acumulou nas instalações dos reatores 2 e 3.
(Com agência France-Presse)