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Democrata dispara torpedo após E. Bolsonaro apoiar Trump: ‘inaceitável’

Texto foi publicado pelo deputado Eliot Engel, do Comitê de Relações Internacionais da Câmara dos Estados Unidos, após post de Eduardo Bolsonaro

Por Ernesto Neves Atualizado em 28 jul 2020, 01h33 - Publicado em 27 jul 2020, 22h40
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  • O presidente do Comitê de Relações Internacionais da Câmara dos Estados Unidos, Eliot Engel, se manifestou com veemência na noite desta segunda-feira (27), contra o apoio do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) à reeleição de Donald Trump à Casa Branca.

    “Já vimos esse roteiro antes. É vergonhoso e inaceitável. A família Bolsonaro precisa ficar fora das eleições nos EUA”, escreveu Engel no perfil do Comitê de Relações Exteriores, citando um post de Eduardo Bolsonaro em que aparece a frase “Trump 2020” e uma propaganda política de sua campanha. 

    Nesse vídeo, são mostradas imagens de Hillary Clinton, derrotada por Trump em 2016, e dos ex-presidentes Bill Clinton e Barack Obama. Em seguida, a mensagem: “Primeiro eles te ignoram. Depois, riem de você. E o chamam de racista. Seu voto mostrará que estão todos errados”.

    Não é a primeira vez que uma comissão da Câmara dos Deputados dos EUA se manifestam contra a relação entre Trump e Bolsonaro. Em junho, o Comitê de Assuntos Tributários mostrou-se contra os planos da Casa Branca de negociar acordos com o governo brasileiro. Entre as razões apontadas estão as políticas de direitos humanos e meio ambiente de Bolsonaro.

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    Como relações diplomáticas tem caráter de Estado, não é de bom tom que governos demonstrem preferência em eleições de outras nações. Isso porque as opiniões podem ser encaradas como ingerência indevida em assuntos internos, comprometendo os interesses externos.

    Não é o que faz o presidente Bolsonaro, seus filhos e ministros. O próprio Eduardo Bolsonaro já fez duras críticas à China, assim como o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub. O mesmo ocorreu na eleição presidencial da Argentina, em 2019, quando Jair Bolsonaro atacou publicamente o então candidato, e hoje presidente, Alberto Fernández.

    Ano passado, Eduardo Bolsonaro foi indicado pelo pai para assumir a Embaixada do Brasil em Washington. Na época, chegou a declarar preparado para assumir o posto por “ter vivência” e “já ter fritado hambúrguer” no país. A indicação, porém, subiu no telhado após sofrer resistência no Senado, onde seu nome teria de ser aprovado.

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