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Cúpula chinesa se reúne para planejar futuro da economia

Encontro anual do Partido Comunista Chinês vai definir orientações até 2015

Por Da Redação
15 out 2010, 09h40

As autoridades têm deixado transparecer sua intenção de fazer com que o crescimento do país fique menos atrelado às exportações e mais focado no consumo interno

O Partido Comunista da China está reunido em Pequim a partir desta sexta-feira para traçar os planos econômicos do país para os próximos cinco anos. A agenda é secreta, mas especialistas afirmam que, ao invés de buscar um ritmo mais rápido para o crescimento, os líderes chineses devem priorizar a diminuição da discrepância entre ricos e pobres e entre os moradores do interior e do litoral da China. Durante a reunião, também devem ser dados sinais de quem será o próximo presidente chinês, a ser empossado em 2012.

Embora os detalhes do plano econômico permaneçam em segredo, as linhas gerais da estratégia da liderança chinesa são conhecidas. As autoridades têm deixado transparecer sua intenção de fazer com que o crescimento do país fique menos atrelado às exportações e mais focado no consumo interno. Após anos de crescimento acelerado, o governo chinês estaria dando mais atenção à distribuição dos frutos dessa expansão.

Quanto à sucessão do presidente Hu Jintao, que encerrará seu segundo e último mandato em 2012, analistas políticos apostam no nome do vice-presidente, Xi Jinping. É possível que ele seja eleito já nos próximos dias vice-presidente do comitê militar central do partido – cargo que antecederia o posto de premiê.

O encontro anual, que até a próxima segunda-feira seguirá definindo as linhas do regime até 2015, acontece em meio a questionamentos da comunidade internacional sobre o desrespeito aos direitos humanos na China, depois que o dissidente Liu Xiaobo foi laureado com o Prêmio Nobel da Paz de 2010. A decisão irritou o governo chinês e originou retaliações diplomáticas e econômicas à Noruega.

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Críticas – No início desta semana, um grupo de 23 ex-dirigentes do PC chinês divulgou uma carta aberta exigindo a abertura política do regime chinês. O documento é assinado pelo secretário pessoal de Mao Tsé Tung, um antigo diretor do jornal Diário do Povo, e por professores do instituto que forma os dirigentes do partido. A carta divulgada na internet critica de forma enfática a direção do partido: “Caso não seja reformado, irá morrer de morte natural”. Outro alvo de crítica é o Departamento Central de Propaganda, classificado como “mão negra invisível”.

Muitas das críticas dirigidas à liderança retomam formulações e reivindicações expressas na Carta 08, documento assinado por mais de 300 personalidades chinesas, incluindo Liu Xiaobo, que é um dos seus autores. A carta reivindica a democratização da China.

Censura – No início do mês, a China censurou a reprodução de declarações sobre a necessidade de abertura política feitas à rede de TV CNN pelo primeiro-ministro Wen Jiabao. Wen garantiu que até 2012, data da transferência de liderança no PCC, faria “tudo o que puder para desencadear reformas políticas”. Esta declaração – assim como outra anterior, em que reconhecia ser necessário “melhorar o sistema de eleição democrático, de forma que o poder estatal esteja de fato nas mãos do povo e sirva os interesses dele” – não foi retransmitida na China.

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