Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cristina Kirchner depõe à Justiça por desvio de 46 bilhões de pesos

A oito dias de sua posse, vice-presidente eleita da Argentina se diz vítima de perseguição pelo governo de Mauricio Macri

Por Da Redação
2 dez 2019, 18h25
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A ex-presidente argentina Cristina Kirchner, eleita como vice nas eleições de outubro, prestou depoimento à Justiça nesta segunda-feira, 2, sobre o favorecimento de seu governo ao empresário Lázaro Báez em licitações para obras rodoviárias na província de Santa Cruz. O caso é conhecido na Argentina como Vialidad.

    Publicidade

    A audiência no Tribunal Oral Federal 2 (TOF-2), comparável à segunda instância no Brasil, acontece a apenas oito dias da posse de Kirchner, junto com o presidente eleito Alberto Fernández, no dia 10.

    Publicidade

    Diante dos magistrados, a antiga chefe de governo se disse vítima de uma “perseguição” judicial comandada pelo atual governo do país, de seu rival político Mauricio Macri. “A leitura que acaba de fazer o senhor presidente deste tribunal, onde se nega transmitir esta audiência ao vivo, é um exemplo prático de lawfare [guerra jurídica]”, disse a ex-presidente, referindo-se ao juiz Jorge Gorini.

    Kirchner é acusada de ter desviado 46 bilhões de pesos (3 bilhões de reais, em valores atuais) em 51 projetos de infraestrutura na província de Santa Cruz por meio de concessões públicas a Báez, proprietário da construtora Austral Construcciones. Além da ex-presidente e de Báez, entre outros, o ex-ministro das Obras Públicas Julio De Vido também se senta no banco dos réus. 

    Publicidade

    O julgamento começou em 21 de maio, mas foi paralisado durante as eleições presidenciais. O processo sobre o caso Vialidad é apenas um dos dez que Kirchner enfrenta em juízo oral.

    Ela tinha seis processos em juízo oral quando foi eleita vice, em 27 de outubro. Os quatro casos elevados desde o dia da eleição, segundo o jornal argentino La Nación, envolvem um esquema de propina no setor ferroviário, o uso da frota aérea presidencial para fins pessoais, a formação de cartel em obras públicas e o roubo de um documento histórico da Biblioteca Nacional de Chile.

    Publicidade

    No total, há cinco pedidos de prisão preventiva contra a ex-presidente — dentre eles um, relacionado a negociações entre seu governo e o Irã para supostamente acobertar um atentado terrorista, foi confirmado pela Corte Suprema de Justiça argentina. Como Kirchner é senadora, ela é protegida por imunidade parlamentar. Somente poderá ser detida se a maioria dos senadores aprovar a anulação desse benefício.

    (Com EFE)

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.