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Crises no governo Johnson colocam em dúvida sua permanência no poder

Índice de insatisfação com o governo de Boris Johnson é de 66%

Por Duda Gomes Atualizado em 17 dez 2021, 16h13 - Publicado em 17 dez 2021, 16h12

Há pouco mais de dois anos no poder, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson sempre conseguiu evitar escândalos que abalassem sua reputação. Porém esse cenário parece estar mudando.

Na última semana, alguns deputados de seu partido se rebelaram contra o passaporte de Covid-19 imposto por ele no país e as pesquisas de satisfação com o governo não param de cair. Johnson caiu para 24% de aprovação e 66% de desaprovação, a mais baixa de sua época como primeiro-ministro.

A última pesquisa da Ipsos Mori sugere que 13% mais pessoas agora pensam que o líder trabalhista Keir Starmer seria um primeiro-ministro melhor do que Johnson.

A mais nova derrota do primeiro-ministro foi a perda eleitoral impressionante dos conservadores em North Shropshire, um assento seguro para o partido de direita por 200 anos. A votação foi desencadeada pela renúncia do ex-ministro Owen Paterson – que Johnson tentou poupar de uma suspensão de 30 dias–, que pediu demissão por causa de um escândalo de corrupção .

O Partido Trabalhista de esquerda está agora 9% à frente dos conservadores, sua maior vantagem desde fevereiro de 2014, de acordo com uma pesquisa de mercado da Opinium.

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Johnson ainda está envolvido no escândalo de uma festa de funcionários de Downing Street no ano passado, quando o resto da Inglaterra seguia os protocolos de segurança de Covid, e foram obrigados a ficar em casa.

O primeiro-ministro alegou que nenhuma regra foi quebrada, mas o vídeo da festa levou à renúncia de um assessor de imprensa sênior e Johnson ordenou uma investigação. Especialistas na área alegam que o evento é um “problema real” para Boris Johnson.

Com todo alvoroço no governo e o avanço drástico de uma nova onda de Covid no Reino Unido, as dúvidas se Boris Johnson conseguirá se manter no poder começam a circular.

O Reino Unido registrou um terceiro dia consecutivo de aumento de casos de Covid, com 88.376 novas infecções na quinta-feira (16), muitas causadas pela variante Ômicron.

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Os eleitores ainda não são uma preocupação, já que as próximas eleições gerais só ocorrerão em 2024, mas os membros conservadores do parlamento britânico têm o poder de destituí-lo do cargo por meio de uma votação interna da liderança, ou de um voto de censura.

Como a popularidade de Johnson saltou durante a campanha de vacinação bem-sucedida no Reino Unido no início deste ano, especialistas acreditam que a atual campanha de reforço da vacinação – medida ousada do primeiro-ministro de dar doses de reforço para todos adultos até o fim de 2021 – possa melhorar a sua reputação.

Ainda não se sabe se a medida de Johnson vai ser concretizada, uma vez que o Serviço Nacional de Saúde já reportou filas enormes nos postos e o site sem funcionar devido à demanda excessiva por testes de Covid e agendamentos de vacinas.

Para piorar a situação de Johnson, a crise no governo não se resume apenas em driblar os escândalos recentes, mas também envolve as consequências econômicas da pandemia no Reino Unido.

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