Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Covid-19: Rússia chega a mais de 100.000 casos e 1.000 mortes

Sob uma quarentena prorrogada nesta semana até 11 de maio, a Rússia está a caminho de uma contração econômica de até 6% em 2020

Por Da Redação
Atualizado em 30 abr 2020, 17h21 - Publicado em 30 abr 2020, 17h04

A Rússia ultrapassou nesta quinta-feira, 30, a marca de 100.000 casos confirmados da Covid-19. Nesta quarta-feira 29, o país reportou à Organização Mundial da Saúde (OMS) quase 6.000 novos enfermos em 24 horas. O presidente Vladimir Putin prorrogou no início desta semana a quarentena nacional, que está em vigor há cinco semanas, para até 11 de maio.

Pelo menos 106.498 enfermos foram contabilizados pelo governo russo até esta quinta-feira. Assim, segundo estimativa da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, a Rússia é o oitavo país mais atingido em todo mundo pela pandemia em número de casos.

Os russos ultrapassaram na segunda-feira 27 os chineses em número de casos reportados à OMS após ter anunciado 12.559 novos enfermos em 24 horas — um crescimento de 287% em relação à média dos cinco dias anteriores. A China, que foi o primeiro epicentro da pandemia, contabilizou oficialmente 84.341 casos.

Desde então, a Rússia reportou à OMS outros 19.300 novos enfermos. Ou seja, os russos contabilizaram nos últimos três dias mais casos do que o total registrado até 13 de abril, quando havia menos de 18.500 casos.

As autoridades russas também informaram que o número de mortos chegou a 1.073 — índice cerca de quatro vezes inferior ao da China, onde mais de 4.600 pessoas morreram pela Covid-19. Na Rússia, porém, quase 10% das mortes foram reportadas nas últimas 24 horas.

“A situação na Rússia é genuinamente melhor do que em muitos países europeus, porque a Rússia conseguiu usar um intervalo de tempo de várias semanas para expandir urgentemente as capacidades do sistema de saúde”, disse porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Continua após a publicidade

Segundo estimativa do jornal americano The New York Times, a Rússia tem menos de 1 morte por Covid-19 a cada 100.000 habitantes. O mesmo índice salta para 40 no Reino Unido, 46 na Itália e 53 na Espanha. Na Alemanha, onde o surto da doença está sendo mais controlado, 8 pessoas morrem de Covid-19 a cada 100.000 habitantes.

Embora as autoridades russas tenham se apressado em construir novos hospitais ou converter os existentes em centros dedicados unicamente à Covid-19, o sistema de saúde do país está mostrando sinais de tensão.

Um decreto de 27 de abril emitido em conjunto pelos Ministérios de Saúde e Educação mostra que alguns estudantes de medicina incluindo aqueles não especializados em infecções, como pediatras e dentistas estão sendo solicitados a fazer treinamento prático a partir de 1º de maio em hospitais dedicados ao recebimento de pacientes com a Covid-19.

Peskov acrescentou que é cedo para relaxar as medidas de isolamento e permitem que os cidadãos andem pelas ruas normalmente, em referência à extensão das medidas de quarentena até 11 de maio, anunciada por Putin na terça-feira 28. “O pico [de surtos da Covid-19] ainda não foi atingido. Estamos diante do estágio mais intenso da luta contra a epidemia”, justificou Putin — as restrições estavam previstas para durar apenas até o final de abril.

O presidente também, porém, exigiu que o governo produzisse recomendações até 5 de maio para a reabertura gradual do país. Os serviços não essenciais estão em “feriado nacional”, como batizou o governo russo, desde o final de março.

Putin, que ordenou ainda no final de janeiro o fechamento da fronteira de mais de 4.000 quilômetros com a China, tem se demonstrado “estranhamente passivo”, segundo o Times, durante a pandemia, até mesmo no anúncio desta terça da prorrogação da quarentena. Gleb Pavlovsky, um ex-conselheiro de Putin no Kremlin, disse ao Times que o presidente russo “entende que a melhor coisa a fazer é ficar do lado” do povo diante de um inimigo viral que ele não pode derrotar facilmente.

Continua após a publicidade

“Ele teme pela sua aprovação e pelo sistema que passou 20 anos criando”, acredita Pavlosvky. Putin, que está no comando do poder federal desde o final da década de 1990, foi reeleito em 2018 com quase 80% dos votos.

O Banco Central russo estima que a economia do país contraia até 6% ao final de 2020 devido, não apenas ao isolamento social, mas também ao colapso dos preços do petróleo.

Devido à falta de demanda por combustível, o preço do barril de petróleo bruto nos Estados Unidos caiu no início desta semana, ficando abaixo de 0 dólares. Ou seja, os compradores estavam dispostos a pagar para a retirada dos barris de seus reservatórios.

(Com Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.