O governo do Chile estendeu até 29 de maio a quarentena em vigor na capital, Santiago, mantendo quase 8 milhões de pessoas confinadas em suas casas desde a semana passada. No início da semana, mais de 3.500 pessoas contraíram a Covid-19 e 31 morreram em decorrência da doença durante um intervalo de 24 horas no Chile — um recorde tanto em número de casos quanto de mortes em um mesmo dia.
“[A quarentena] permanece inalterada até a sexta-feira da semana que vem, 29, pelo menos na província de Santiago”, anunciou o ministro da Saúde, Jaime Mañalich, na quarta-feira 20.
Além da região metropolitana de Santiago, que conta com cerca 7 milhões de habitantes, permanecerão em quarentena até 29 de maio pelo menos outras cinco cidades: Antofagasta, Iquique, Alto Hospicio, Mejillones, Lonquimay e La Araucanía. Ao todo, mais de 7,7 milhões de pessoas estão sob quarentena no país.
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Clique e Assine“Estamos todos lutando para vencer esse vírus”, disse Mañalich. “Precisamos de todos os esforços de todos os cidadãos para reduzir o número de infecções”, acrescentou.
Segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde chileno, o país contabilizou até as 21h de quarta-feira (22h em Brasília) mais de 57.580 casos da Covid-19 e quase 590 mortes em decorrência da doença. A região metropolitana de Santiago por mais de 77% dos enfermos e mais de 65% dos mortos.
Em vigor desde sexta-feira 15, a região metropolitana de Santiago, assim como as outras cinco cidades, está sob “quarentena total”. Nessas condições, as pessoas precisam solicitar permissão para realizar tarefas fora de casa, até mesmo compras de mantimentos essenciais.
Segundo o documento “Instruções para Autorizações de Viagem”, elaborado pelo governo chileno no início de abril, uma pessoa que consiga permissão para ir à farmácia ou ao supermercado poderá utilizá-la por no máximo quatro horas seguidas e não mais do que duas vezes na mesma semana.
Além disso, como o Chile inteiro está sob estado de exceção desde meados de março, há toque de recolher todos os dias entre as 22h (23h em Brasília) e as 5h (6h em Brasília).
(Com EFE)