As equipes de resgate encontraram os corpos de pelo menos 30 dos 65 passageiros e tripulantes que viajavam no avião que caiu no último domingo, em uma montanha do centro do Irã.
No local do acidente, na Montanha Dena, a cerca de 4.000 metros de altura, estão 20 grupos de resgate especializados em procedimentos em áreas montanhosas para recuperar os corpos e a caixa-preta do avião.
A operação, que ontem se concentrou em encontrar os corpos, continuará nesta quarta-feira. Segundo explicou o diretor da organização humanitária Crescente Vermelho da província de Isfahan, Mohsen Momeni, à agência oficial IRNA, os especialistas em resgate devem começar a realizar a descida e retirada dos corpos da montanha ainda hoje.
A escuridão e as más condições do tempo impediram que a operação de retirada tivesse início antes. A identificação das vítimas acontecerá na cidade de Yasuy, capital da província de Kohkiluyeh e Buyer Ahmad, segundo as autoridades locais.
O diretor-geral do departamento forense da província, Kamruz Amini, informou que 50 familiares das vítimas já deram mostras de DNA para ajudar na identificação.
O terreno íngreme do local do acidente do avião da Aseman vai complicar a retirada dos corpos, que poderia se prolongar até a próxima sexta-feira. Os helicópteros de resgate não conseguem aterrissar ou se aproximar da região, por isso muitas das operações estão sendo realizadas a pé.
O ATR-72 saiu do Aeroporto Internacional de Mehrabad, em Teerã, às 8h (hora local) do último domingo com destino à cidade de Yasuy, e desapareceu do radar cerca de 50 minutos depois. As causas do acidente ainda não são conhecidas.
O Irã conta com uma frota aérea obsoleta devido a anos de sanções internacionais. Na última década aconteceram vários acidentes graves. O último foi em agosto de 2014 em Teerã, no qual morreram 40 pessoas. Três anos antes, outro avião comercial caiu durante uma tempestade de neve no norte do país, o que provocou a morte de 77 pessoas.
Segundo as autoridades civis de aviação iraniana, o ATR-72 que caiu neste domingo tinha 25 anos de uso.