Coreia do Norte pode ter relançado programa nuclear
Segundo informações da agência de energia atômica da ONU, Pyongyang pode ter colocado em funcionamento um reator capaz de produzir plutônio
Por Da Redação
5 set 2014, 08h59
A Agência Internacional de Energia Atômica das Nações Unidas (AIEA) alertou nesta sexta-feira em Viena, na Áustria, que o programa nuclear da Coreia do Norte pode ter sido relançado após um breve período de suspensão. Desde 2006, Pyongyang já realizou três testes atômicos, mas o programa nuclear estava suspenso desde o ano passado, pressionado pelas sanções internacionais que limitam o comércio e as finanças do país.
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Em um relatório aos Estados-membros do organismo, o diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, afirmou que especialistas detectaram atividade operacional no reator de Yongbyon, que tem capacidade de produzir plutônio, um material que serve para fabricar bombas atômicas. Desde 2009 os especialistas da AIEA não têm acesso à Coreia do Norte. “Mediante análise de imagens de satélite, descargas de vapor e saídas de água de refrigeração em um reator, o organismo observou sinais consistentes com o funcionamento do reator”, afirmou o responsável da agência nuclear da ONU.
Amano lembrou que em abril a Coreia do Norte anunciou que iria tomar medidas para “reajustar e reiniciar todas as instalações nucleares” em Yongbyon. Isso incluiria a usina de enriquecimento de urânio, outro material usado em bombas atômicas. As atividades do reator foram suspensas em 2007, dois anos antes do segundo teste nuclear feito pelos norte-coreanos.
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Como os inspetores da AIEA não têm acesso às instalações nucleares do isolado país comunista asiático, eles utilizam imagens por satélite para supervisionar o que ocorre na Coreia do Norte. Segundo o organismo internacional, a supervisão não é completa nem pode confirmar o objetivo de todas as atividades, embora o que foi observado até agora em Yongbyon é “consistente com os anúncios da Coreia do Norte”.
Amano afirmou que o programa norte-coreano é “preocupante” e as afirmações de Pyongyang de que tem direito de realizar testes atômicos são “profundamente lamentáveis e uma clara violação” das resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
(Com agência EFE)
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