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Coreia do Norte: papel da China é crucial para definir rumos da crise

Posição de Pequim, principal aliada de Pyongyang e maior parceira comercial de Washington, será determinante para fim pacífico das provocações

Por Gabriela Loureiro
8 abr 2013, 12h38
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  • Um ator importante na crise da península coreana tem tido um papel discreto ao longo das últimas semanas. Mesmo sem declarações ou ações contundentes, no entanto, não há dúvida de que a China será decisiva para o desenrolar do processo.

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    “Hoje o ator principal para uma solução pacífica é a China, porque os outros países não têm um canal de diálogo com a Coreia do Norte que leve a uma redução de tensão. Quem pode mediar essa tensão é realmente a China”, disse ao site de VEJA Alexandre Ratsuo Uehara, doutor em ciências políticas e diretor acadêmico das Faculdades Integradas Rio Branco.

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    Maior aliada de King Jong-un, a China aprovou a última rodada de sanções da ONU contra a Coreia do Norte, definida pelo Conselho de Segurança depois da realização de um teste nuclear, em fevereiro. A China se disse “insatisfeita e contrariada” com o teste. Só que essas punições e também os exercícios militares realizados pelos Estados Unidos na Coreia do Sul foram as justificativas apresentadas pela ditadura do Norte para iniciar uma série de ameaças, que levaram a crise a se tornar destaque na imprensa internacional.

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    “A China não tem dado clara sinalização de que entraria em defesa da Coreia do Norte, há dois anos a relação de diálogo entre Coreia do Norte e China não tem caminhado na mesma direção, porque a China tem se posicionado contra os testes nucleares e de mísseis”, explica Uehara. “Se a China defender a Coreia do Norte, teríamos as duas maiores potências econômicas mundiais de hoje com armamentos significativos, um conflito de escala global. Mas existe pelo menos uma expectativa de que a China não entre com um apoio militar explícito neste momento, o que não quer dizer que ela vá apoiar os EUA”.

    Diplomacia – Depois de o governo americano ter anunciado o envio de um sistema de defesa antimísseis para a ilha de Guam, no Pacífico, e o chefe do Pentágono, Chuck Hagel, mencionar um perigo “real e claro” vindo da Coreia do Norte, Pequim se manifestou. O porta-voz do Ministério do Exterior, Hong Lei, disse que o governo chinês está preocupado, e pediu calma. “A China acredita que todos as partes devem manter a calma e tentar se conter, sem tomar decisões mutuamente provocativas que possam piorar a situação”.

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    Declaração igualmente moderada foi dada em março, quando os EUA anunciaram o reforço de suas defesas antimísseis, em resposta às provocações norte-coreanas. “A questão antimíssil tem uma relação direta com o equilíbrio e estabilidade global e regional. Também diz respeito a interesses estratégicos mútuos entre os países”, disse Hong Lei.

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    Estabilidade na região é o que interessa a China, que, se é aliada de Kim Jong-Un, também tem forte relação comercial com os Estados Unidos. Além disso, um grande número de empresas chinesas estão envolvidas em operações em Pyongyang. Para o governo chinês, o ideal é que a península se mantenha como está. Sem riscos, por exemplo, de uma possível – e, até aqui, bastante improvável – unificação, que deixaria os Estados Unidos ainda mais perto de sua fronteira.

    “Neste momento de crise internacional bastante grande, é pouco provável que as potências se joguem em um conflito armado que não agregaria nada a nenhuma delas. Haverá soluções negociadas”, diz Gilmar Masiero, professor da Faculdade de Economia e Administração da USP.

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