Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Como movimentos querem usar coroação de Charles para acabar com monarquia

A popularidade da família real entrou em declínio depois da morte da rainha Elizabeth II, caindo de 68% para 58%

Por Da Redação
Atualizado em 28 abr 2023, 17h00 - Publicado em 28 abr 2023, 13h41

O principal movimento antimonarquista do Reino Unido está planejando protestos no sábado 6, dia da coroação do rei Charles III, para demandar que o país se torne uma república. As manifestações vão ocorrer ao longo da rota da Procissão do Rei, ao lado de uma estátua de Charles I, decapitado em 1649, dando à luz uma república de curta duração.

O grupo de manifestantes foi fundado em 1983 e faz campanha para que o chefe de Estado britânico seja eleito. Eles acreditam que a ascensão de Charles III ao trono é sua melhor chance para acabar com a monarquia, que remonta a mais de mil anos.

Segundo Graham Smith, líder do movimento, este será seu maior protesto de todos os tempos. Smith acredita que a grande coroação na Abadia de Westminster, em Londres, é uma oportunidade perfeita para expor o que ele considera uma instituição anacrônica, sem lugar em uma democracia do século XXI, especialmente em um momento em que as pessoas estão enfrentando a pior crise inflacionária em décadas.

Os organizadores esperam que mais de mil pessoas, vestidas com camisas amarelas, participem dos protestos no dia 6 de maio. Quando um recém-coroado Charles passar, em sua carruagem de ouro, pelas ruas repletas de dezenas de milhares de simpatizantes, eles planejam vaiar alto e cantar o slogan: “Não é meu rei”.

Continua após a publicidade

+ Ancestrais diretos do rei Charles escravizaram africanos, revela jornal

Embora a monarquia já tenha cedido essencialmente todo o poder ao Parlamento, o rei ou a rainha ainda desempenham um papel significativo e simbólico na vida dos britânicos, participando da nomeação de primeiros-ministros e do sistema judicial.

As pesquisas mostram que Charles é menos popular do que sua mãe, a rainha Elizabeth II, a segunda monarca com reinado mais longo do mundo. Segundo o YouGov, em 2012, 80% do público disse que a realeza era boa para o Reino Unido, mas esse número caiu agora para 58%.

Continua após a publicidade

Mesmo com a queda da popularidade da monarquia, contudo, os protestos republicanos são relativamente pequenos e a maioria dos britânicos ainda quer uma família real.

+ Coroação de Charles impulsiona turismo, mas economia ainda tropeça

Analistas afirmam que, apesar de haver uma preocupação do monarca com o declínio do respaldo público, todas as instituições políticas britânicas sofreram com a queda de confiança e há uma falta de consenso sobre como a monarquia seria substituída. Além disso, até mesmo monarcas muito populares, como a rainha Victoria e Elizabeth II, passaram por períodos de impopularidade.

Continua após a publicidade

Além de Londres, protestos são esperados nas capitais da Escócia e do País de Gales no dia da coroação. O novo líder da Escócia, Humza Yousaf, eleito no mês passado, disse que queria acabar com a monarquia. O líder do País de Gales, Mark Drakeford, também quer uma república, o que significa que duas das quatro nações que compõem o Reino Unido são lideradas por republicanos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.