Ao menos 200.000 pessoas fugiram dos intensos combates entre as tropas do regime sírio e os rebeldes na cidade de Alepo nos últimos dias, disse nesta segunda-feira a Organização das Nações Unidas (ONU), segundo a rede britânica BBC. Além dos fugitivos, muitos outros sírios estão presos na cidade e precisam de ajuda urgente, disse a chefe de ajuda humanitária do organismo, Valerie Amos.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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O Exército de Bashar Assad lançou uma forte ofensiva contra a oposição na segunda maior cidade e coração econômico da Síria no sábado, após uma semana de combates esporádicos.
O regime de Assad diz ter controle da cidade após o ataque, o que os rebeldes negam. O controle de Alepo é considerado crucial no conflito iniciado há 16 meses por uma revolta popular que se tornou armada diante da repressão do regime.
Os rebeldes dizem ter se apoderado nesta segunda-feira de um posto estratégico próximo à fronteira da Turquia que lhes permite enviar reforços e munições aos seus companheiros de armas em Alepo. “O posto de controle de Anadan, 5 quilômetros ao noroeste de Alepo, foi tomado às 5h (23h de Brasília) depois de 10 horas de combates”, afirmou o general rebelde Ferzat Abdel Nasser