Exército diz que retomou parte de Alepo. Rebeldes negam
Combates na maior cidade síria continuam após início de ofensiva do governo
Fontes das forças de segurança do ditador Bashar Assadre afirmaram que o Exército sírio retomou o controle sobre parte do bairro rebelde de Salahedin, em Alepo, a maior cidade da Síria, localizada no norte do país. A informação, porém, foi desmentida pelos rebeldes.
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Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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“O Exército assumiu o controle de parte do bairro de Salahedin e prossegue com a ofensiva”, declarou a fonte. Já o coronel Abdel Jabar al Oqaidi, líder do conselho militar rebelde em Alepo, declarou que as tropas do governo “não avançaram nenhum metro”.
Desde sábado, quando teve início a ofensiva das tropas de Assad contra Alepo, o Exército Sírio Livre (ESL), composto de desertores e civis armados, “impediu três ofensivas” contra Salahedin, afirmou Oqaidi. Segundo o coronel, o ESL controla “de 35 a 40% de Alepo”, o principal centro econômico da Síria.
O presidente do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman, afirmou que o Exército oficial chegou à periferia do bairro. Os rebeldes afirmam ainda que assumiram o comando de um estratégico posto de controle ao noroeste de Alepo, entre a cidade e a fronteira com a Turquia.
ONU – Nesta segunda-feira, a França, que assumirá a presidência do Conselho de Segurança da ONU em agosto, solicitará uma reunião urgente dos ministros das Relações Exteriores do organismo para examinar o caso da Síria, anunciou o chanceler francês Laurent Fabius.
A intenção é, mais uma vez, tentar por fim ao impasse sobre um posicionamento do Conselho de Segurança a respeito da guerra civil da Síria. Em uma entrevista à rádio RTL, Fabius afirmou que ele mesmo presidirá a reunião, convocada de urgência para deter os massacres cometidos por Bashar al Assad. Na mesma entrevista, o ministro francês chamou Assad de “carrasco”.
(Com agência France-Presse)