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Com Scholz, Lula diz querer fechar acordo Mercosul-UE até fim do mandato

Na terça-feira, Fernando Haddad já havia alertado que eventual tentativa de atrasar nova versão do acordo pode ter consequências trágicas

Por Mario Vitor Rodrigues, de Nova York
Atualizado em 19 set 2023, 20h05 - Publicado em 19 set 2023, 19h03

Em reunião bilateral com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o presidente Lula reforçou nesta terça-feira, 19, o interesse do governo brasileiro em fechar o acordo Mercosul-União Europeia até o fim de seu mandato do bloco sul-americano, que termina no final deste ano. Estiveram presentes no encontro, às margens da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, os ministros Mauro Vieira, Esther Duek, Margareth Menezes, Marina Silva e Paulo Pimenta.

Na terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia alertado que uma eventual tentativa da França de atrasar o fechamento da nova versão do acordo pode ter consequências trágicas. Para ele, é preciso ser rápido, já que o acordo precisa ser fechado até dezembro porque a sobrevivência do bloco sul-americano depende do resultado das eleições na Argentina.

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“O presidente Lula está insistindo com a Europa para que a gente feche o acordo ainda este ano. Não sei o que será do Mercosul se o acordo não estiver fechado e tivermos um resultado ‘exótico’ nas eleições na Argentina. Um país como a França tem de prestar atenção às consequências de um atraso”, declarou o ministro durante painel “A Economia Brasileira Rumo à Transformação Ecológica”, promovido pela Universidade de Columbia, em Nova York.

Há duas semanas, Lula já havia se reunido com lideranças europeias, incluindo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente francês, Emmanuel Macron. Na ocasião, tratou sobre as pendências que travam um desfecho e cobrou “clareza” em torno da real possibilidade de acordo. Na opinião do presidente, a decisão já está mais no âmbito político do que técnico.

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Para Lula, a proposta atual desconsidera as credenciais do Brasil em torno do tema ambiental. Aos líderes, ele citou o trabalho do governo para reduzir o desmatamento na Amazônia e a iniciativa de reunir autoridades dos oito países da região na Cúpula da Amazônia, em agosto, em Belém.

Aprovado em 2019, após vinte anos de negociações, o acordo Mercosul-UE precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor. A negociação envolve 31 países.

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