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Civis são principal vítima da falta de diálogo e ressentimento, diz Brasil

Chanceler Mauro Vieira fez apelo por respeito às regras de direitos humanos internacionais de não se utilizar a população civil como alvo de ataque

Por Da Redação 21 out 2023, 09h34

Representante do Brasil na Cúpula da Paz aberta neste sábado, 21, na cidade do Cairo, no Egito, o chanceler brasileiro Mauro Vieira criticou a falta de disposição ao diálogo de atores na guerra travada entre Israel e o grupo terrorista Hamas e fez um apelo para que haja respeito às regras de direitos humanos internacionais de não se utilizar a população civil como alvo de ataques. Sem nominar especificamente os Estados Unidos, autor do veto que barrou a proposta brasileira no Conselho de Segurança da ONU de condenar hostilidades e atos terroristas na região, Vieira disse que “a crise atual exige uma ação humanitária multilateral urgente para acabar com o sofrimento dos civis apanhados no meio das hostilidades”. No último dia 18, os Estados Unidos exerceram poder de veto na reunião da ONU e derrubaram a proposta brasileira sobre a guerra sob a alegação de que o texto não fazia menção ao direito de autodefesa de Israel, cuja população foi atacada por extremistas do Hamas no início do mês.

“O Conselho de Segurança foi lamentavelmente incapaz de adotar uma resolução em 18 de outubro. No entanto, os muitos votos favoráveis ​​que o projeto de resolução recebeu – 12 em 15 – são prova do amplo apoio político a uma ação rápida por parte do Conselho”, declarou. Presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o mês de outubro, o Brasil coordenará o debate trimestral do colegiado no próximo dia 24 e, segundo o chanceler, colocará sobre a mesa novas propostas para uma ação imediata no conflito entre Israel e Hamas.

“A paralisia do Conselho de Segurança está tendo consequências prejudiciais para a segurança e a vida de milhões de pessoas. (…) Nas últimas décadas, não testemunhamos nenhum vencedor neste conflito prolongado. E a população civil continua a ser a principal vítima da falta de diálogo e do ressentimento cada vez maior”, completou o ministro de Relações Exteriores em seu discurso na Cúpula da Paz.

“O impasse no processo de paz; a estagnação social e econômica que prevalece há muito tempo em Gaza; a expansão contínua de assentamentos israelenses nos territórios ocupados, a violência contra os civis, a destruição de infraestruturas básicas, (…) todos estes fatores se combinam para gerar um ambiente social e cultural que põe em risco a ‘solução de dois Estados’ e gera ódio, violência e extremismo”, disse o brasileiro, antes de concluir: “a simples gestão do conflito não é uma alternativa aceitável”.

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