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China não fornecerá armas para Rússia nem para Ucrânia, diz chanceler

O ministro das Relações Exteriores chinês, Qin Gang, também afirmou que Pequim vai regular exportação de itens com possível uso militar

Por Da Redação
Atualizado em 14 abr 2023, 06h50 - Publicado em 14 abr 2023, 06h36

O ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, disse nesta sexta-feira, 14, que o país não venderia armas para nenhum dos lados envolvidos na guerra na Ucrânia e também passaria a regular a exportação de itens com uso civil que poderiam ser usados por militares.

“Em relação à exportação de itens militares, a China adota uma atitude prudente e responsável”, disse Qin. “A China não fornecerá armas às partes relevantes do conflito e administrará e controlará as exportações de itens de uso duplo, de acordo com as leis e regulamentos”, acrescentou.

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A declaração de Gang foi uma resposta às preocupações dos Estados Unidos e seus aliados europeus de que Pequim estaria considerando fornecer assistência bélica a Moscou. Embora a postura oficial chinesa seja de neutralidade, seu líder, Xi Jinping, apoiou o conflito política e retoricamente, fazendo uma visita ao presidente russo, Vladimir Putin, no palácio do Kremlin.

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Falando em uma coletiva de imprensa com a ministra das Relações Exteriores alemã, Annalena Baerbock, Qin reiterou a disposição da China de atuar como mediadora nas negociações de paz para o conflito e disse que todas as partes deveriam permanecer “objetivas e calmas”.

“A China está disposta a continuar trabalhando pela paz e espera que todas as partes envolvidas na crise permaneçam objetivas e calmas e façam esforços construtivos para resolver a crise por meio de negociações”, afirmou.

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Já Baerbock disse que, como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a China tem uma responsabilidade especial em ajudar a acabar com o conflito.

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Enquanto a Alemanha apoiou abertamente a resistência ucraniana à invasão russa, Pequim culpou os Estados Unidos e a gigante aliança militar ocidental, Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), por provocar o conflito. O governo chinês também recusou-se a condenar as ações de Moscou e criticou as sanções econômicas contra o governo Putin.

“O território é indivisível e a segurança é igualmente indivisível”, disse Qin. “Sem o reconhecimento dos interesses de segurança de uma determinada parte, crises e conflitos são inevitáveis.”

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O posicionamento da chancelaria chinesa ocorre após visitas do presidente da França, Emmanuel Macron, e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a Pequim. Ambos os líderes europeus viajaram à China com a missão de dissuadir Xi a enviar poderosa ajuda bélica à Rússia.

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Enquanto isso, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realiza reuniões ampliada e individual com o líder chinês. Apesar da guerra na Ucrânia não ser o principal tópico de conversa entre os dois chefes de Estado, Lula deve apresentar seu plano de paz para o conflito a Xi – que tem sua própria proposta.

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