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China liberta jornalista presa por primeiras reportagens sobre a Covid-19

Zhang Zhan foi detida em maio de 2020 por 'provocar problemas' com suas reportagens em vídeo em que questionava gestão da crise sanitária no país

Por Da Redação
Atualizado em 22 Maio 2024, 14h30 - Publicado em 22 Maio 2024, 14h22

A jornalista chinesa Zhang Zhan foi libertada após passar quatro anos na cadeia, devido à condenação por denunciar a pandemia de Covid-19, na cidade de Wuhan, primeiro epicentro da doença no mundo. A soltura foi divulgada nesta terça-feira 21, em um vídeo da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) publicado nas redes sociais.

“A polícia me libertou da prisão no dia 13 de maio, às 5 horas da manhã, e me mandou para a casa do meu irmão mais velho, na cidade de Xangai”, disse Zhang, de cabelos curtos, diferente das fotos antes da detenção. “Obrigada a todos pela ajuda e preocupação. Desejo o melhor a todos. Não há nada mais que eu possa dizer.”

A postagem, no entanto, faz um alerta sobre supostos riscos para a segurança da jornalista. Na legenda, a RSF afirmou que está preocupada “com a sua situação [de Zhang] sob estrita vigilância” e apelou “à sua libertação total e incondicional”, uma demanda que chamou de “urgente”. A gravação não foi realizada pela organização, mas por “um intermediário”.

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Entenda o caso

Zhang, que também é ex-advogada, foi presa em maio de 2020 por “provocar problemas” com suas reportagens em vídeo, nas quais questiona a ineficiência do governo frente à crise sanitária — acusação comum utilizada pela China para silenciar opositores. Em abril, a RSF disse em comunicado que, por “diversas vezes”, “apelou pela sua libertação e alertou sobre os maus-tratos a que foi submetida”.

Após uma greve de fome para atestar sua inocência, a jornalista “quase morreu”, mas foi alimentada por autoridades à força “através de um tubo nasal”, além de ter ficado algemada “durante dias inteiros”, de acordo com o informe. A entidade também acusou o governo chinês de implementar “uma verdadeira guerra contra o jornalismo desde que o líder Xi Jinping chegou ao poder em 2012”, acrescentando que há pelo menos 119 profissionais de imprensa detidos no país.

A nota destaca ainda que “na China, os jornalistas detidos pelo seu trabalho permanecem frequentemente sob vigilância mesmo depois de serem libertados e são geralmente proibidos de viajar para o exterior”. Em 2021, a organização concedeu simbolicamente a Zhang o prêmio na categoria Coragem, por cobrir a pandemia de Covid-19 “apesar das constantes ameaças das autoridades” do país.

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