Os jornalistas chineses terão de passar por um exame nacional sobre marxismo e outras matérias definidas pelo governo, entre os meses de janeiro e fevereiro, se quiserem manter sua licença de trabalho, segundo uma nova legislação aprovada pelas autoridades.
De acordo com o jornal estatal Global Times, cerca de 250.000 jornalistas chineses deverão fazer a prova até março. Segundo a Administração Estatal de Rádio, Cinema e Televisão, órgão chinês que controla a atividade de jornalismo, os profissionais começaram a ser notificados da exigência da prova em setembro. O órgão também advertiu os jornalistas de que é necessário estudar por, no mínimo, 18 horas.
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O exame, que vai avaliar se a pessoa tem condição ou não para o exercício da profissão jornalística no país, abordará matérias como “socialismo com características chinesas”, “perspectiva marxista do jornalismo”, “ética jornalística”, “normas informativas” e “como prevenir-se de boatos”. Também serão abordadas questões sobre a preocupação mais importante do governo chinês, a “proibição de publicar artigos ou comentários contrários ao Partido Comunista”.
Para responder as perguntas com sucesso, os jornalistas terão de estudar uma cartilha de 700 páginas vendida, é claro, em livrarias estatais chinesas.
(Com agência EFE)