O governo da China decretou nesta terça-feira, 26, o confinamento total da cidade de Lanzhou, de 4 milhões de habitantes, após autoridades detectarem seis novos casos do novo coronavírus. Segundo a Comissão Nacional de Saúde, atualmente há 51 casos ativos na região, sendo 39 deles na cidade agora confinada, e 33.307 pessoas estão sob observação médica em todo o país.
A partir desta terça-feira, moradores só poderão sair de suas casas para comprar itens essenciais, receber tratamento médico ou participar de tarefas de controle e prevenção da Covid-19, como testes em massa.
Serviços de ônibus e táxi já foram suspensos na cidade e, segundo a mídia estatal, a estação central de Lanzhou suspendeu mais de 70 trens, incluindo rotas para cidade como Pequim.
“A situação de controle e prevenção epidemiológicos em Lanzhou é grave e complexa”, indicou o governo da cidade, por meio de comunicado. A justificativa para a decisão de confinar Lanzhou é a de tentar evitar que o surto seja ampliado.
Quem precisar sair de casa terá que apresentar no celular um código indicando que não está infectado com o coronavírus, ou que teve contato com alguém que testou positivo.
O último surto no país, ligado à variante Delta, alcançou 198 desde 17 de outubro. Os casos estão relacionados a uma viagem de um grupo de aposentados das províncias de Gansu, Mongólia Interior e Shaanxi.
A Comissão Nacional de Saúde indicou que, em todo o país, existem 603 casos ativos de Covid-19, sendo que 21 pessoas estão em estado grave. Desde o início da pandemia, de acordo com o órgão governamental, a China acumula 96.840 positivos para a Covid-19, incluindo 4.636 mortes.
A comissão não relata qualquer morte por Covid-19 no país desde 26 de janeiro. O governo do país fez da gestão da pandemia um de seus grandes êxitos, ao aderir à política de tolerância zero contra a doença, com medidas rígidas de controle sobre a população.
Desde março de 2020, todos os passageiros que desembarcarem na China devem apresentar resultados negativos de testes PCR e testes de anticorpos antes do embarque, e cumprir duas semanas de quarentena.
Em Pequim, que registrou três novos casos da doença nesta terça-feira, acesso a locais turísticos foi limitado e residentes foram aconselhados a não deixar a cidade, a não ser que extremamente necessário. Além disso, cerca de 23.000 moradores de um conjunto habitacional no distrito de Changping foram ordenados a ficar e casa após nove casos nos últimos dias, segundo a rede Beijing News.
Salões comunitários de xadrez e mahjong foram fechados para reduzir aglomerações e alguns eventos foram adiados, como a Maratona de Pequim, que reuniria 30.000 atletas no último domingo.
Desde o início da pandemia, de acordo com o órgão governamental, a China acumula 96.840 positivos para a covid-19 e 4.636 mortes causadas pela doença.