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China expressa apoio à Rússia em campanhas internas

Se na política externa a narrativa é de neutralidade dentro do país Vladimir Putin é visto como um herói necessário contra a influência do Ocidente

Por Matheus Deccache Atualizado em 4 abr 2022, 19h23 - Publicado em 4 abr 2022, 17h36
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  • Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro, a China tem exibido um jogo diplomático em que hora defende a integridade dos países, ora culpa os Estados Unidos pelo conflito. 

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    Internamente, porém, o Partido Comunista Chinês está promovendo uma campanha que desenha a Rússia como uma vítima do Ocidente. E defende os laços entre chineses e russos como uma aliança estratégica.  

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    Entre as medidas já colocadas em prática, Pequim tem exibido documentários que exaltam o líder russo, Vladimir Putin.

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    Os vídeos apontam Putin como alguém que regatou a Rússia após o colapso da União Soviética.  Com música e cenas pitorescas de Moscou, o vídeo afirma que Putin resgatou o orgulho do passado russo. 

    Em todo o país, os comunistas organizaram audiências para que o documentário fosse amplamente divulgado e discutido.

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    Concluído no ano passado, o filme não aborda a guerra da Ucrânia, mas defende a ideia de que os russos devem se preocupar com vizinhos que se afastaram após a queda soviética. 

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    “A arma mais poderosa que o Ocidente possui é, além das armas nucleares, os métodos que eles usam na luta ideológica”, diz o narrador da filmagem.

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    Já nas universidades chinesas, a máquina de propaganda se mostra através de aulas com uma “compreensão correta da guerra”. Entre os tópicos principais, queixas da Rússia contra o Ocidente.

    Nos jornais, o panorama é o mesmo. Há uma série de matérias que culpam os Estados Unidos pelo conflito. 

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    Ainda não está claro se as recentes acusações de genocídio na cidade ucraniana de Bucha vão mudar essa postura. Mas, até o momento, não houve uma manifestação clara contrária à guerra.

    E, apesar da crescente pressão de líderes globais, a China preferiu seguir neutra.  

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    Na última quinta-feira (31), o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, expressou compromisso com os russos e reiterou os laços entre durante encontro com o chancelar da Rússia, Sergey Lavrov.

    Desde o início da guerra, o governo de Joe Biden colocou a invasão como um conflito entre a democracia e o autoritarismo.

    Isso, segundo especialistas, tem feito a China pensar numa contra-narrativa que aponte que a dominação e influência mundial americana como causadoras de destruição.

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    O documentário reforça esse discurso, servindo de aviso para que chineses não sejam seduzidos pelo liberalismo ocidental.

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