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Zelensky visita Bucha após massacre e acusa Rússia de genocídio

Pouco depois, presidente americano, Joe Biden, anunciou que novas sanções devem ser aplicadas e pediu por um julgamento contra Vladimir Putin

Por Matheus Deccache Atualizado em 4 abr 2022, 15h16 - Publicado em 4 abr 2022, 12h49

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, visitou nesta segunda-feira (4) a cidade de Bucha, recuperada recentemente pelo Exército ucraniano e onde as tropas russas são acusadas de terem cometido um massacre contra a população civil. 

Vestindo um colete à prova de balas e cercado por militares de seu país, Zelensky caminhou pelas ruas da cidade, que fica próxima à capital Kiev, e fez um apelo aos veículos de imprensa para que classifiquem o ocorrido como uma “atrocidade”.

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“É muito importante que a imprensa esteja aqui, os jornalistas internacionais. Temos que poder mostrar ao mundo o que as tropas russas fizeram”, afirmou Zelensky, em declarações à profissionais de imprensa estrangeiros, conforme veiculou a agência de notícias “Ukrinform”.

A cidade de Bucha foi atacada pelas tropas de Moscou durante semanas e, após a libertação, foram encontrados centenas de corpos nas ruas. Algumas vítimas, segundo o governo da Ucrânia e imagens veiculadas por veículos internacionais de imprensa, estavam com as mãos amarradas e pareciam ter sido mortas por tiros pelas costas.

O Kremlin nega categoricamente a participação de seus militares em crimes contra civis na região. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, acusou os Estados Unidos de encomendarem as mortes para culpar os russos. 

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Já o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o governo russo encontrou indícios de “falsificação das imagens” e pediu para que o Ocidente não faça acusações precipitadas antes de “ouvir os argumentos russos”. 

Em resposta, o Ocidente planeja a aplicação de novas sanções contra a Rússia, ainda que não tenha sido esclarecido como será a nova rodada. Nesta segunda, o presidente americano, Joe Biden, pediu um julgamento por crimes de guerra contra o líder russo, Vladimir Putin.


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Sem usar a palavra “genocídio”, Biden reiterou que os Estados Unidos e aliados devem continuar fornecendo armamento para o exército ucraniano e pediu para que todos os detalhes sejam reunidos de forma a ser possível acusar formalmente o presidente russo.

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“Precisamos reunir todos os detalhes para que possamos realizar um julgamento pelos crimes de guerra cometidos por Putin. O que está acontecendo em Bucha é ultrajante e todo mundo vê isso”, disse Biden.

Além do presidente americano, a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, anunciou que o país vai buscar a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU, diante das “recentes provas” de que estão sendo cometidos “crimes de guerra” na Ucrânia.

A diplomata garantiu, em postagem no Twitter, que não é possível permitir que uma nação que está “subvertendo todos os princípios” básicos da organização, siga participando do Conselho de Direitos Humanos. 

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Para suspender a participação de um país do Conselho, é necessário o voto favorável de dois terços dos 193 disponíveis na Assembleia Geral da ONU. 

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