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Chega a 13 número de mortos em protestos no Irã

Dez pessoas morreram no país neste domingo, em meio aos protestos contra o governo do presidente Hassan Rouhani, a corrupção e a atual situação econômica

Por AFP Atualizado em 1 jan 2018, 19h42 - Publicado em 1 jan 2018, 19h40
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  • Pelo menos dez pessoas morreram na noite deste domingo no Irã, em uma escalada de violência nos protestos contra o governo do presidente Hassan Rouhani, a corrupção e a atual situação econômica. Esta foi a quarta noite consecutiva de manifestações nas ruas de várias cidades do país, entre elas a capital, Teerã. No sábado, três mortes haviam sido confirmadas por fontes oficiais.

    Neste domingo, conforme vídeos divulgados pela imprensa iraniana e nas redes sociais, manifestantes atacaram e incendiaram prédios públicos, centros religiosos e bancos e sedes da Bassidj, milícia islâmica do regime. Viaturas da polícia também foram queimadas nos protestos, que se iniciaram em Mashhad, Nordeste do Irã, na quinta-feira passada e se espalharam por todo país.

    As manifestações continuaram à noite, embora o governo tenha limitado o acesso às redes sociais e bloqueado Telegram e Instagram, aplicativos são usados para convocar manifestações.

    Em Teerã, a polícia usou gás lacrimogêneo e água para dispersar o pequeno grupo de manifestantes que gritavam palavras de ordem contra o regime. Na capital, 200 pessoas foram detidas. Outras 200 acabaram presas em diferentes cidades da província, segundo a imprensa local.

    “O povo responderá aos agitadores e aos que descumprirem a lei”, declarou ontem Rouhani, para quem os manifestantes são uma “pequena minoria”.

    Em pronunciamento na televisão estatal neste domingo, o ministro do Interior, Abdolreza Rahmani Fazli, declarou que “quem destrói os bens públicos, cria desordem e age na ilegalidade deve responder por seus atos e pagar o preço. Agiremos contra a violência e contra quem provoca medo e terror”.

    Em novas críticas ao governo iraniano, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que é “tempo de mudança” no Irã e que a população do país está “com fome” de liberdade. “Os regimes opressivos não podem durar para sempre, e chegará o dia em que o povo iraniano enfrentará uma escolha”, tuitou Trump.

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