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Che Guevara é celebrado em Cuba 50 anos após sua morte

Pela primeira vez, "Dia do Guerrilheiro Heroico" é festejado sem a presença de Fidel Castro, seu parceiro na Revolução Cubana, que morreu no ano passado

Por Da redação
Atualizado em 2 fev 2018, 10h05 - Publicado em 8 out 2017, 15h49
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  • Cubanos saíram às ruas de Havana neste domingo para homenagear Ernesto Che Guevara pelos 50 anos de sua morte, ocorrida em 9 de outubro de 1967, na Bolívia. Esta é a primeira vez em que a ilha celebra o “Dia do Guerrilheiro Heroico” sem a presença de Fidel Castro, seu grande parceiro durante a Revolução Cubana, que morreu em novembro do ano passado, aos 90 anos.

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    Em Cuba, onde todos os alunos começam o dia prestando o sermão dos “pioneiros” e prometendo “ser como Che” no mausoléu que abriga os restos mortais do guerrilheiro argentino, estão programadas cerimônias comemorativas comandadas pelo presidente Raúl Castro, sucessor de seu irmão Fidel.

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    Uma comitiva oficial que inclui os quatro filhos de Che, Aleida, Celia, Camilo e Ernesto, nascidos e residentes em Cuba, partiu no sábado rumo a La Higuera, vilarejo no sul da Bolívia onde o guerrilheiro foi executado em 1967.

    A comitiva é liderada pelo comandante Ramiro Valdés, muito próximo a Che em sua campanha militar em Cuba. Também fazem parte dois militares cubanos sobreviventes da guerrilha boliviana, o general Harry Villegas (Pombo) e o coronel Leonardo Tamayo (Urbano).

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    Ernesto Che Guevara foi capturado em 8 de outubro de 1967 pelo Exército boliviano depois de ser ferido em batalha, e executado no dia seguinte. As homenagens são, tradicionalmente, realizadas no dia de sua captura.

    Medicina, guerrilhas e morte na selva boliviana

    Naquele 8 de outubro, acompanhado por dois agentes cubano-americanos da CIA, o Exército boliviano capturou Che. Ele liderava um grupo de guerrilheiros que haviam sobrevivido a combates, fome e doenças. Guevara foi levado para uma escola abandonada, onde passou sua última noite. Na tarde seguinte, foi executado sumariamente por Mario Teran, um sargento boliviano, aos 39 anos.

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    Morre o ex-ditador cubano Fidel Castro aos 90 anos
    Che e Fidel, na década de 60 (Roberto Salas/Cubadebate/AFP)

    Depois de estudar Medicina na Argentina e de várias jornadas que forjaram suas convicções, Che viajou pelo continente americano e conheceu Raul e Fidel Castro no México, antes de participar da guerrilha que levou à tomada do poder em Havana, em 1959.

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    Foi em Cuba que Ernesto Guevara recebeu o apelido de “Che”, uma típica interjeição argentina usada para atrair a atenção do interlocutor, cumprimentá-lo, ou expressar surpresa. Após supervisionar por seis meses a repressão dos “contrarrevolucionários” – fato que nunca negou -, Guevara dirigiu por um tempo o Banco Central cubano e o Ministério da Indústria.

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    Mentor da aproximação da Revolução Cubana com Moscou, afastou-se posteriormente das posições soviéticas favoráveis ​​à “convivência pacífica” com o bloco ocidental para defender uma estratégia de conquista do poder pelas armas, mais perto do maoísmo. “Outras terras do mundo reclamam a contribuição de meus modestos esforços”, escreveu Che para Fidel em 1965, ao pedir uma licença para levar a luta insurrecional para a África, em particular. Ele terminou essa carta com sua famosa frase: “Hasta la victoria, siempre” (“Até a vitória, sempre!”).

    Seguiram-se meses de “desaparecimento”, enquanto esteve no Congo tentando (sem sucesso) impor uma revolução armada para, então, embarcar em sua última guerra na Bolívia.

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    Bolivianos celebram Che Guevara 50 anos após sua morte
    Cinquentenário de morte de Che Guevara também é lembrada na Bolívia (David Mercado/Reuters)
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