Navios da Marinha e da guarda costeira da Itália resgataram mais de 700 imigrantes nas águas entre a Sicília e o norte da África durante na noite desta sexta-feira, em mais um incidente da crise imigratória que já custou centenas de vidas neste mês. Barcos de patrulha conduziram cinco operações, e entre os resgatados estão dezenas de mulheres e crianças, disseram autoridades.
Centenas de pessoas resgatadas foram levadas para um centro de recepção de imigrantes – já superlotado – na ilha de Lampedusa, território italiano próximo à costa da Líbia. O primeiro-ministro italiano Enrico Letta pressionou os líderes da União Europeia reunidos em Bruxelas a aumentar a ajuda a países do Mediterrâneo, incluindo Itália, Grécia e Malta, que têm recebido o maior impacto da crise.
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O centro de recepção da ilha enfrenta dificuldades para lidar com a chegada de imigrantes em fuga da guerra civil na Síria e da crise política no Egito e outros países árabes e africanos, que têm lançado inúmeras pessoas em perigosas travessias do Mediterrâneo a bordo de precárias embarcações.
A Itália aumentou as patrulhas nas rotas marítimas entre Líbia e Tunísia após mais de 360 imigrantes provenientes da Eritreia se afogarem no início de outubro, quando a embarcação em que estavam naufragou próximo a Lampedusa. Um segundo barco afundou uma semana depois, deixando uma estimativa de 200 pessoas desaparecidas.
Mais de 32 000 imigrantes realizaram a viagem até o sul da Itália via barco este ano, de acordo com a Organização das Nações Unidas.
(Com agência Reuters)
VEJA Mercado - quinta, 2 de maio
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