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Catalunha nega que Bélgica tenha alertado sobre autor dos ataques

Polícia belga pediu de modo extraoficial informações sobre o imã Abdelbaki Es Satty

Por Da redação
24 ago 2017, 10h57

A polícia da Bélgica se limitou a pedir a um policial da Catalunha, de maneira informal, dados do imã Abdelbaki Es Satty, considerado o cérebro dos atentados de Barcelona e Cambrils, mas sem fazer alertas sobre ele, afirmou nesta quinta-feira o ministro de Interior do governo regional catalão, Joaquim Forn.

Em entrevista coletiva, Joaquim Forn negou que a polícia local tenha cometido um “erro” nesse contato informal com os agentes belgas. Forn declarou que as autoridades catalãs não foram informadas em nenhum momento que o imã estava sendo investigado ou era perigoso e reforçou que não havia dados sobre Es Satty nos arquivos das forças de segurança locais.  O ministro se disse preocupado e criticou alguns veículos de imprensa da Espanha que, segundo ele, querem “sujar” e “desacreditar” o trabalho dos policiais.

A mídia espanhola acusa a polícia catalã de não ter investigado adequadamente o imã marroquino Abdelbaki Es Satty, morto na explosão de uma casa em Alcanar. Segundo a imprensa, a polícia de Vilvoorde teria comunicado há 17 meses à polícia da Catalunha que suspeitava sobre El Satty, que morou nesta cidade da Bélgica no início de 2016. Enquanto isso, um jogo de culpa mais amplo ocorre entre as autoridades de Madri e da Catalunha, cujos líderes pressionam há anos pela independência catalã.

Nenhuma informação

O contato sobre o imã foi feito informalmente entre dois oficiais que já se conheciam. Um policial belga disse a um colega catalão em 2016 que o imã era suspeito, mas nenhuma informação foi encontrada na época para relacioná-lo com a militância islâmica, disse uma fonte à Reuters. “A comunicação entre os dois policiais não foi oficial. Eles se conheciam porque tinham se encontrado em um seminário da polícia”, disse a fonte, sob condição de anonimato.

Segundo o ministro Joaquim Forn, se o pedido de informação tivesse sido formal, teria necessariamente sido feito por meio do Ministério do Interior da Espanha, já que as autoridades regionais do país não podem ter relação direta com as forças de segurança estrangeiras.

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(com EFE e Reuters)

 

 

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