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Mundo

Espanha: Justiça anulou em 2015 extradição de mentor dos ataques

Segundo a imprensa, as autoridades belgas também solicitaram informações à polícia espanhola sobre um possível vínculo do imã com o terrorismo islâmico

Por Da redação
Atualizado em 23 ago 2017, 17h15 - Publicado em 23 ago 2017, 17h03

Pessoas levam flores, velas e cartazes para homenagear as vitimas do atropelamento terrorista em La Rambla, Barcelona, na Espanha - 18/08/2017 (PASCAL GUYOT/AFP)

**1/48** A polícia da Espanha liberou fotos de quatro suspeitos do atentado *(MOSSOS D'ESQUADRA/AFP)*

**2/48** Pessoas deixam flores, velas e cartazes para homenagear as vitimas do atropelamento terrorista em La Rambla, Barcelona, na Espanha - 18/08/2017 *(Josep LAGO/AFP)*

**7/48** Pessoas levam flores, velas e cartazes para homenagear as vitimas do atropelamento terrorista em La Rambla, Barcelona, na Espanha - 18/08/2017 *(PASCAL GUYOT/AFP)*

**8/48** Milhares de pessoas prestam um minuto de silêncio em solenindade às vitimas do atropelamento terrorista da última quinta-feira - 18/08/2017 *(Lluis Gene/AFP)*

**10/48** O rei Felipe VI se encontra ao lado de outras figuras políticas como o primeiro-ministro Mariano Rajoy e Carles Puigdemont, presidente da Generalidade da Catalunha, durante homenagem às vitimas do atropelamento terrorista da última quinta-feira *(Susana Vera/Reuters)*

**11/48** Pessoas levam flores, velas e cartazes para homenagear as vitimas do atropelamento terrorista em La Rambla, Barcelona, na Espanha *(Pascal Guyot/AFP)*

**12/48** Cartaz com homenagem às vitimas do atentado terrorista em Barcelona é fotografado durante solenidade *(Lluis Gene/AFP)*

**14/48** Policiais acompanham clientes de uma loja para fora da área isolada após atropelamento em La Rambla, em Barcelona *(Lluis Gene/AFP)*

**15/48** O Palácio do Planalto foi iluminado com cores da bandeira da Espanha em solidariedade às vítimas do atentado em Barcelona - 18/08/2017 *(Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)*

**16/48** Van atropela pedestres e deixa feridos em ponto turístico de Barcelona - 17/08/2017 *(Josep LAGO/AFP)*

**18/48** Equipe de resgate ajuda uma mulher ferida depois de um atropelamento nos arredores da avenida Las Ramblas, no centro de Barcelona, na Espanha - 16/08/2017 *(CARVALHO OCHOA/AFP)*

**19/48** Policiais patrulham área em volta da praça de La Rambla, em Barcelona *(Sergio Perez/Reuters)*

**20/48** Mulher reage ao atentado após ser retirada da área onde foram atropelados cidadãos e turistas resultando na morte de 14 pessoas e deixando dezenas de feridos, em Barcelona, na Espanha *(Pau Barrena/AFP)*

**21/48** Mulher acode vítimas de atropelamento terrorista em La Rambla, Barcelona, na Espanha *(Giselle Loots/Reuters)*

**26/48** Paramédicos aguardam instruções para socorrer vítimas de ataque terrorista por atropelamento em Barcelona *(David Ramos/Getty Images)*

**27/48** Policial ajuda na evacuação dos arredores da praça La Rambla, em Barcelona *(Ana Jimenez/Reuters)*

**29/48** Policial catalão é fotografado em frente a uma rua fechada após o atropelamento em Las Rambles, Barcelona - 17/08/2017 *(STR/Reuters)*

**30/48** Pessoas ajudam uma mulher ferida depois de um atropelamento nos arredores da avenida Las Ramblas, no centro de Barcelona, na Espanha - 16/08/2017 *(Carlos Tena Gallardo/Reuters)*

**31/48** Van usando durante ataque nos arredores da avenida Las Ramblas em Barcelona, na Espanha - 17/08/2017 *(Reprodução/Twitter)*

**32/48** Policiais armados patrulham as ruas depois de uma van ter atropelado pedestres nos arredores da avenida Las Ramblas, no centro de Barcelona, na Espanha - 17/08/2017 *(Josep Lago/AFP)*

**33/48** A polícia catalã divulgou uma fotografia de um dos atacantes, o seu nome é Driss Oukabir Soprano - 17/08/2017 *(Polícia catalã/Divulgação)*

**34/48** A van utilizada por um terrorista para atropelar dezenas de pessoas em Las Ramblas, é recolhida pela polícia catalã em Barcelona *(Josep Lago/AFP)*

**35/48** Pessoas caminham próximo do local de um atropelamento em La Rambla, Barcelona, na Espanha - 17/08/2017 *(Pau Barrena/AFP)*

**37/48** Mulher chora próximo do local de um atropelamento em La Rambla, Barcelona, na Espanha - 17/08/2017 *(Pau Barrena/AFP)*

**38/48** Policiais armados patrulham uma rua vazia, depois de uma van ter atropelado pedestres nos arredores da avenida Las Ramblas, no centro de Barcelona, na Espanha - 17/08/2017 *(@pavel_lisovtsov/Instagram/Reuters)*

**39/48** Pessoas fogem do local de um atropelamento na Rambla, em Barcelona, na Espanha - 17/08/2017 *(Pau Barrena/AFP)*

**44/48** Um veículo atropelou pessoas que passavam pela rua La Rambla, em Barcelona na Espanha - 17/08/2017 *(Josep LAGO/AFP)*

**46/48** Um veículo atropelou pessoas que passavam pela rua La Rambla, em Barcelona na Espanha. A polícia divulgou em uma mensagem que "várias pessoas ficaram feridas" - 17/08/2017 *(Reprodução/Twitter)*

**47/48** Ambulância chega para o resgate das pessoas que foram atropeladas por uma van em La Rambla, Barcelona - 17/08/2017 *(Josep Lago/AFP)*

Um juiz anulou, em 2015, a expulsão do imã Abdelbaki es Satty, mentor dos ataques que deixaram 15 mortos na semana passada na região de Barcelona. A Justiça espanhola considerou que o religioso morto na explosão de uma casa em Alcanar “não era perigoso” e estava “tentando se integrar” ao país.

Segundo a imprensa local, o imã de Ripoll, como era conhecido, deveria ter sido expulso do país após cumprir quatro anos de prisão por tráfico de drogas. Mas, após um recurso de sua defesa, o juiz Pablo de la Rubia concordou que ele não representava “ameaças reais” e permitiu que ficasse na Espanha.

Es Satty era imã em Ripoll, na província de Girona, e é considerado o líder da célula terrorista ligada ao Estado Islâmico (EI) que planejou os ataques da semana passada. O grupo tinha como alvo a basílica da Sagrada Família, mas por causa de uma explosão acidental em Alcanar, antecipou seus planos e executou ataques improvisados em La Rambla e Cambrills.

O imã morreu na explosão da casa, localizada na província de Tarragona, onde o grupo preparou os atentados durantes meses. De acordo com a imprensa espanhola, doze pessoas faziam parte da célula terrorista. Quatro delas foram presas e oito morreram.

Segundo o jornal El País, assim que o imã saiu da cadeia, tentou pedir emprego em uma mesquita na cidade belga de Vilvoorde, nos arredores de Bruxelas. O prefeito local, Hans Bonte, disse que es Satty foi rejeitado após se negar a entregar um documento que provava que não tinha antecedentes criminais.

Na mesma época, as autoridades de segurança belgas solicitaram informações à polícia espanhola sobre um possível vínculo do religioso com o terrorismo islâmico, após suspeitarem de seu comportamento em Vilvoorde. O pedido foi respondido com uma negativa no dia 8 de março de 2016.

Se provadas verdadeiras, as recentes revelações da imprensa poderiam corroborar a tese de que a polícia espanhola deixou passar grandes pistas que poderiam ter sido cruciais nas investigações prévias sobre a célula terrorista comandada por Abdelbaki es Satty.

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Investigações

Os investigadores continuam as buscas por possíveis conexões – dentro e fora da Espanha – da célula extremista. Os esforços já se estenderam para o Marrocos, país de origem da maioria dos suspeitos; assim como França e Bélgica, lugares para onde aparentemente teriam viajado antes de cometer os atentados.

Durante as buscas na casa usada de base para os atentados, os investigadores concluíram que o cinturão de explosivos encontrado entre os escombros do imóvel é autêntico. Também foram achados 120 bicos de gás de butano, 500 litros de acetona e produtos como água oxigenada e bicarbonato para fabricar material explosivo, bem como uma grande quantidade de cravos.

Segundo um dos quatro suspeitos que compareceram nesta terça-feira diante de um juiz da jurisdição antiterrorista, o imã Abdelbaki es Satty planejava usar o cinturão e os outros explosivos em um grande atentado suicida em Barcelona.