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Capriles dá ultimato para início de auditoria na Venezuela

CNE disse na quarta que atrasaria início de recontagem devido a divisão interna

Por Da Redação
25 abr 2013, 10h24

O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, deu um ultimato ao órgão eleitoral do país para que inicie nesta quinta-feira a auditoria do resultado contestado da eleição presidencial. Com a recontagem das caixas eleitorais restantes, que somam 46% dos votos, Capriles acredita que poderá demonstrar que o apóstolo de Hugo Chávez, Nicolás Maduro, “roubou” a Presidência.

“Esperamos até o dia de amanhã (quinta), não vamos esperar mais… não vamos deixar que brinquem conosco, que nos enganem”, disse Capriles, sem dar detalhes de quais ações tomaria se não tiver resposta das autoridades eleitorais.

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Mais cedo na quarta-feira, uma comissão parlamentar foi formada para investigar o governador do estado de Miranda por “incitar” os protestos violentos que aconteceram após sua recusa em reconhecer o resultado oficial da votação, em que foi derrotado pelo herdeiro político de Chávez por menos de 2 pontos percentuais.

“Não temos medo de suas ameaças. A verdade será conhecida, vocês não podem distorcer a verdade. A realidade é que vocês roubaram as eleições”, disse Capriles aos chavistas. “Disseram que a auditoria começaria nesta semana, amanhã é quinta. Não deixaremos que nos enganem”.

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Protestos – O governo da Venezuela afirma que o líder de oposição deve enfrentar a Justiça pelos distúrbios que deixaram um saldo de nove mortos e dezenas de feridos, classificando Capriles de “assassino”, “fascistas” e “golpista”. “Ontem uma menina de 11 anos morreu, mais outro morto do fascismo que carrega o assassino Henrique Capriles Randoski, e que mais cedo do que tarde terá de pagar por esses crimes. Não é assim que na democracia se dirimem nossas diferenças”, disse o deputado Pedro Carreño, presidente da comissão parlamentar que vai investigar o governador.

As autoridades aumentaram o número de vítimas da violência relacionada com o vandalismo pós-eleitoral, enquanto a oposição colocou em dúvida a versão oficial sobre os “homicídios políticos”. “Querem me julgar? Aqui estamos, não temos medo de suas ameaças”, respondeu Capriles.

Enquanto o líder da oposição criticava o Ministério da Informação por ter emitido em cadeia de rádio e televisão um vídeo oficial editando as declarações dele para relacioná-lo com os atos de violência, as autoridades interromperam a declaração de Capriles justamente para exibir vídeo em questão em todos os canais de TV.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) se comprometeu na semana passada a realizar uma auditoria adicional à realizada depois de cada votação para dar confiança aos resultados, que segundo o órgão são exatos e irreversíveis. No entanto, na quarta-feira, o CNE disse que atrasaria a auditoria devido a divisões internas.

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(Com agência Reuters)

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