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Candidatos à presidência da Argentina trocam acusações em debate

Atual presidente Macri e seu rival Fernández fizeram comentários ásperos até no intervalo; clima de hostilidade domina reta final antes da eleição no dia 27

Por Da Redação
Atualizado em 21 out 2019, 15h38 - Publicado em 21 out 2019, 15h30
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  • Mais agressivas do que nunca, as trocas de acusações entre o presidente liberal Mauricio Macri e o peronista de centro-esquerda Alberto Fernández marcaram no domingo 20 o último debate antes da eleição presidencial de 27 de outubro na Argentina.

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    Frente à sua passividade no debate anterior, uma semana antes, Macri precisou lançar-se ao ataque, argumentando que Fernández tolerou a corrupção do kirchnerismo quando era chefe de gabinete nos governos de Néstor e Cristina Kirchner (2003-2015). “Fica difícil acreditar que não viu nada”, disse, referindo-se a ex-funcionários envolvidos em casos de corrupção. “Ele não mudou”.

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    O grande favorito para as eleições do fim de outubro, por sua vez, acusou o atual presidente de mentir, arruinar a Argentina, e cometer o crime funcional de prevaricação – usar o cargo para satisfazer interesses pessoais –, afirmando que Macri favoreceu seus “amigos empresários” e “sua família”.

    Embora a estrutura do debate não permitisse o diálogo direto entre os participantes, a troca de comentários ásperos entre os dois eclipsou os outros participantes, o centrista Roberto Lavagna, ex-ministro da Economia, o liberal José Luis Espert, o militar aposentado José Gómez Centurión e o esquerdista Nicolás del Caño.

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    Segundo o jornal El País, o clima de animosidade continuou até durante o intervalo: longe das câmeras, Macri teria chamado Fernández de “indecente”, e este teria retrucado chamando-o de “imoral”.

    O advogado peronista de 60 anos é favorito nas pesquisas depois de ter conseguido na primárias de agosto 48% dos votos, à frente dos 32% de Macri. O atual líder argentino, um engenheiro de 60 anos, aspira um segundo mandato, mas a crise econômica, com recessão e altos índices de inflação e pobreza, tem pesado na decisão dos eleitores.

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    Quando assumiu a Presidência em 2015, Macri prometeu acabar com a pobreza no país, mas o Índice Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) calcula que o índice passou de 32% da população no segundo semestre de 2018 para 35,4% no primeiro semestre deste ano. Além disso, a dívida do país chega a 315 bilhões de dólares, que, segundo agências de classificação de risco, é próxima de 100% do Produto Interno Bruto (PIB).

    Várias pesquisas preveem uma diferença ainda maior a favor de Fernández no primeiro turno do próximo domingo. Se obtiver 45% dos votos, ou 40% e uma diferença de 10 pontos para o segundo candidato, será eleito. Macri, consciente da força do peronismo, escolheu como vice Miguel Angel Pichetto, que foi líder da bancada do Partido Justicialista (peronista). Contudo, não conseguiu atrair outros dirigentes.

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    No final do debate, os dois apertaram as mãos e posaram para fotos. Mas os rivais evitaram qualquer outro tipo de contato.

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