Cameron faz último discurso: ‘Economia britânica vai perder força se sairmos da UE’

No final da tarde desta quarta-feira, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, fez sua última tentativa de convencer os britânicos a votarem pela permanência na União Europeia (UE), em um comício na Universidade de Birmingham. O líder do Partido Conservador pediu que os eleitores “coloquem o futuro de seus filhos à frente de tudo” quando forem às urnas na quinta-feira (23).

Com as mangas da camisa arregaçadas e a voz falha, após dias de intensa campanha, Cameron fez um breve discurso, pedindo que o povo britânico rejeite as “inverdades” ditas pelos defensores do Brexit, como é chamada a possível saída da UE. “O que está em jogo são empregos britânicos, famílias britânicas e as finanças dos cidadãos de nosso país”, discursou.

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O primeiro-ministro focou sua última fala nas consequências econômicas de uma eventual saída da UE, um dos principais temas da campanha. “É um fato que a nossa economia será mais fraca se sairmos e mais forte se ficarmos. E qual é a resposta dos defensores da saída? Dizer que o Reino Unido está cansado de ouvir experts”, criticou Cameron. “Devemos ouvir os argumentos de especialistas de que a economia é chave para tudo que queremos alcançar em nosso país”, finalizou o conservador.

Os colégios eleitorais abrem às 7h locais (3h no horário de Brasília) e fecham às 22h (18h no Brasil). Os resultados serão divulgados somente na madrugada, ou já nas primeiras horas da manhã de sexta-feira. Cameron vai votar no referendo na manhã de quinta-feira e deve acompanhar a apuração dos resultados em sua residência oficial, em Londres.

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Pesquisas – Um levantamento realizado por telefone pela empresa ComRes, conduzida para o jornal Daily Mail e a rede ITV, mostrou que a permanência tem apoio de 48% dos potenciais eleitores, contra 42% que defendem a saída do bloco. Quase ao mesmo tempo, outra pesquisa feita pelo YouGov para o jornal The Times também mostrou que a opção por continuar no bloco mantinha a liderança, embora estreita: 51% contra 49%. Em contraste, duas pesquisas divulgadas hoje mais cedo por institutos de opinião distintos apontaram uma vitória do Brexit.

(Com Reuters)