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Biden vê ‘clara possibilidade’ de Rússia invadir Ucrânia em fevereiro

Fala foi prontamente respondida por chanceler russo, que destacou que Moscou não quer iniciar uma guerra com Kiev e segue 'via diplomática'

Por Da Redação
28 jan 2022, 09h08

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acredita existir uma “clara possibilidade” de a Rússia invadir a Ucrânia em fevereiro e compartilhou essa visão com o mandatário ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante uma ligação por telefone na quinta-feira 27. A fala foi prontamente respondida pelo ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, que destacou que Moscou não quer iniciar uma guerra com Kiev. 

“O presidente Biden disse que há uma clara possibilidade de os russos invadirem a Ucrânia em fevereiro”, escreveu no Twitter a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Emily Horne.

A declaração da porta-voz veio depois de negar um relatório da rede CNN que citava uma fonte oficial ucraniana dizendo que Biden havia dito a Zelensky que estava virtualmente confirmado que a Rússia invadiria a Ucrânia assim que o solo fosse congelado, e que poderia “saquear” Kiev.

Outros veículos americanos também apresentaram versões diferentes. O portal Axios citou fontes que confirmaram que os dois presidentes teriam discordado da iminência da ameaça russa, com o lado ucraniano dizendo ter informações que minimizavam perigos.

Horne rejeitou a afirmação como “completamente falsa” e disse que Biden só tinha comunicado a sua impressão de que era possível, mas não certo, que a Rússia invadiria em fevereiro.

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As avaliações mais recentes da inteligência dos EUA colocam mais de 50 grupos táticos russos enviados dentro e nos arredores da fronteira com a Ucrânia, enquanto a avaliação mais recente do Ministério da Defesa ucraniano diz que a Rússia já enviou mais de 127.000 soldados à região. Se a invasão de fato acontecer, não será a primeira vez que a Rússia assume o controle de uma região da Ucrânia. Em 2014, o governo de Moscou anexou a Crimeia.

Na ligação com Zelensky, Biden “reafirmou a disponibilidade dos Estados Unidos e dos seus aliados e parceiros a responder de forma decisiva se a Rússia invadir” a Ucrânia, de acordo com um comunicado da Casa Branca. O democrata também disse que está avaliando a possibilidade de “apoio macroeconômico adicional” a Kiev.

Em resposta às falas de Biden, o chanceler russo, Sergei Lavrov, destacou nesta sexta-feira, 28, que “escolhemos a via da diplomacia há muitas décadas”.

“É preciso trabalhar com todos. Esse é o nosso princípio”, disse o ministro em entrevista à imprensa. “Se depender da Rússia, não haverá guerra. Não queremos guerras. Mas tampouco vamos permitir que nossos interesses sejam grosseiramente ultrajados, ignorados”.

Na quarta-feira, os EUA e a Otan enviaram a Moscou uma série de respostas sobre a situação na Ucrânia, resultado de um reiterado pedido russo. Desde o ano passado, Moscou exigia que americanos e europeus entregassem por escrito respostas às suas demanda, entre elas a promessa de que a Ucrânia jamais fará parte da aliança militar.

No dia seguinte, um porta-voz do Kremlin afirmou que  a rejeição dos Estados Unidos às exigências russas na crise com a Ucrânia deixa pouco espaço para otimismo, embora tenha acrescentado que um diálogo ainda é possível.

Lavrov, por sua vez, já havia destacado que a resposta americana possui alguns elementos que podem levar ao “início de uma conversa séria sobre assuntos secundários”, mas enfatizou que “o documento não contém respostas positivas sobre a principal questão”.

O Kremlin é contra a possível adesão de Kiev à aliança militar da Otan e vem alertando que uma adesão terá consequências graves. A Otan, por sua vez, afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos 30 aliados da Otan e pela Ucrânia, mais ninguém” e acusa a Rússia de enviar tanques, artilharia e soldados à fronteira com a Ucrânia para preparar um ataque.

Os Estados Unidos ameaçam a Rússia, prometendo uma “forte resposta” caso o exército russo invada a Ucrânia. Moscou, do outro lado, negou planos de invadir o país vizinho, mas há intensa movimentação militar na região.

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