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Biden pede ‘pausa’ em conflito para permitir saída de reféns do Hamas

Fala na noite de quarta-feira, 1, foi feita depois de uma interrupção por um rabino, que pedia cessar-fogo

Por Da Redação
Atualizado em 2 nov 2023, 09h14 - Publicado em 2 nov 2023, 08h54
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  • O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu pela primeira vez uma “pausa” no conflito entre Israel e o grupo militante palestino Hamas para “dar tempo de retirar os prisioneiros”. A fala na noite de quarta-feira, 1, foi feita depois de uma interrupção por um rabino, que pedia cessar-fogo.

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    Logo depois, a Casa Branca se pronunciou para afirmar que Biden se referia aos reféns israelenses tomados pelo Hamas.

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    Uma pausa humanitária, no entanto, não é um cessar-fogo total, ao qual a Casa Branca resiste. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse na quarta-feira que o recém-confirmado embaixador de Biden em Israel, Jack Lew, seria em breve enviado ao Oriente Médio e teria a tarefa em parte de “apoiar os esforços dos EUA para criar as condições para uma pausa humanitária”. para enfrentar o agravamento das condições humanitárias enfrentadas pelos civis palestinos”.

    Na semana passada, uma autoridade do Hamas, Abu Hamid, afirmou que o grupo só libertará os reféns detidos se Israel concordar com um cessar-fogo e parar de bombardear o enclave. Segundo Hamid, o Hamas, que soltou quatro dos detidos até agora, deixou claro que pretendia libertar “prisioneiros civis”. No entanto, alertou que isso exigia um “ambiente calmo”, alegando que os bombardeios israelenses já mataram 50 reféns.

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    O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, no entanto, descartou os pedidos de um cessar-fogo em Gaza. Em coletiva de imprensa em Tel Aviv, ele disse que “os bárbaros estão dispostos a lutar”, em referência ao movimento palestino radical Hamas, e que os combatentes integram o “eixo do mal”, ao lado do Irã.

    Enquanto a Organização das Nações Unidas apela por um cessar-fogo para aliviar a situação humanitária em Gaza, onde cerca de 1,5 milhão de pessoas foram deslocadas, países como Reino Unido, Canadá, EUA e a UE afirmam que um cessar-fogo favoreceria o Hamas.

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    Também na quarta-feira, um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA reforçou o apoio inabalável a Israel afirmou que a agência não começou por ora processos oficiais para avaliar se Israel cometeu crimes de guerra durante o conflito com o grupo palestino Hamas.

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    “Vamos continuar discutindo com eles (Israel) diretamente, assim como diremos publicamente que nossa expectativa é que todas as atividades deles, todas as campanhas militares cumpram as leis da guerra”, disse Matthew Miller em briefing nesta quarta-feira.

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    Especialistas das Nações Unidas e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha acreditam que Israel pode ter cometido crime de guerra de punição coletiva com o cerco ao território de Gaza. A Anistia Internacional afirmou ter “documentado ataques ilegais israelenses, incluindo ataques indiscriminados, que causaram vítimas civis em massa e devem ser investigados como crimes de guerra”.

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    A Human Rights Watch, por sua vez, afirma que “múltiplos crimes de guerra foram e continuam a ser cometidos em Israel e na Palestina, com graves preocupações de que as forças israelitas e os grupos armados palestinianos estejam a realizar ataques ilegais e indiscriminados, prejudicando civis”.

    Questionado sobre a morte de civis depois de ataques israelenses contra o campo de refugiados de Jabalia, em Gaza, Miller afirmou que o departamento está “profundamente entristecido pela perda de vidas civis”, mas não condenou os ataques.

    Israel confirmou a autoria do disparo contra Jabalia e afirmou que o bombardeio tinha como alvo um dos arquitetos e comandantes da brutal incursão terrorista do Hamas no território israelense em 7 de outubro, que deixou 1.400 mortos e mais de 5 mil feridos em apenas um dia.

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    O Hamas, que governa Gaza e controla o Ministério de Saúde do território, disse que pelo menos 50 palestinos foram mortos e outros 150 ficaram feridos no ataque de terça-feira 31 ao campo de refugiados de Jabalia, na região norte do enclave. Desde o início da guerra, mais de 8,7 mil palestinos, a maioria civis, morreram em consequência dos sucessivos ataques aéreos israelenses.

    Jabalia é o maior dos oito campos de refugiados da Faixa de Gaza, de acordo com a principal agência das Nações Unidos que atua no território palestino, a UNRWA. Localizado ao norte da cidade de Gaza, também é o campo mais próximo da passagem de Erez, que em tempos mais pacíficos ligava Gaza a Israel.

    Muitos refugiados palestinos instalaram-se na área após a guerra árabe-israelense de 1948, depois de fugirem das aldeias que ficavam no local que se tornou o Estado de Israel, segundo a UNRWA. Na última contagem, em 2023, havia 116.011 palestinos registrados pela UNRWA no campo de refugiados.

    As Nações Unidas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros órgãos humanitários afirmaram que os civis de Gaza, sitiada há mais de três semanas, enfrentam uma catástrofe de saúde pública. Hospitais lutam para tratar vítimas que não param de chegar, mas o combustível que alimenta geradores de eletricidade pode acabar a qualquer momento.

    O diretor do escritório em Nova York do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Craig Mokhiber, pediu demissão pelo que chamou de “genocídio” cometido por Israel na Faixa de Gaza. Em uma carta datada de sábado 28 e endereçada ao alto comissário da ONU em Genebra, Volker Turk, ele escreveu que a entidade parecia “impotente” para deter os crimes de guerra contra os palestinos, depois de “décadas de perseguição e purga sistemática”.

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