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Autoridades em Gaza acusam Israel de matar 20 palestinos aguardando comida

Tel Aviv nega relatos 'falsos' e insta mídia a fiar-se apenas em 'informações confiáveis'

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 12h23 - Publicado em 15 mar 2024, 09h05
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  • O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirmou nesta sexta-feira, 15, que um ataque israelense matou 20 pessoas que esperavam para receber ajuda humanitária entregue por um caminhão no enclave palestino, que continua sitiado. Tel Aviv negou os relatos como “falsos”.

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    O que aconteceu

    As autoridades de saúde disseram que o ataque ocorreu enquanto uma multidão se reunia para receber suprimentos de um caminhão na rotatória do Kuwait, um ponto de passagem importante usado por veículos humanitários que transportam alimentos para o norte de Gaza. Mais de 150 pessoas ficaram feridas no incidente, segundo o Ministério da Saúde do enclave.

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    Mohammed Ghurab, diretor dos serviços de emergência de um hospital no norte de Gaza, disse a agências de notícias que houve “tiros diretos das forças de ocupação” contra a multidão. Um jornalista da agência de notícias AFP que estava no local disse ter visto vários corpos e pessoas que foram baleadas.

    Além disso, ainda segundo o Ministério da Saúde de Gaza, o incidente ocorreu horas depois de oito pessoas terem sido mortas em um ataque aéreo contra um centro de distribuição de ajuda humanitária no campo de refugiados al-Nuseirat, no centro do enclave.

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    O que diz Israel

    Em comunicado, os militares de Israel negaram ter atacado pontos de distribuição de ajuda humanitária e descreveram as acusações do Ministério da Saúde de Gaza como “falsas”. No entanto, não ficou claro exatamente a qual dos incidentes o comunicado se refere.

    “À medida que as FDI (Forças de Defesa de Israel) avaliam o incidente com o rigor que merece, instamos a mídia a fazer o mesmo e a fiar-se apenas em informações confiáveis”, disse o comunicado.

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    A agência de notícias AFP reportou nesta sexta-feira que exército israelense acusou “palestinos armados” de abrirem fogo contra civis que aguardavam ajuda humanitária no norte de Gaza.

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    “Palestinos armados abriram fogo enquanto civis de Gaza aguardavam a chegada do comboio de ajuda”, e depois “continuaram a atirar enquanto a multidão de moradores de Gaza começava a saquear os caminhões”, disse o exército em comunicado.

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    Não é o primeiro incidente

    O conflito de Gaza deslocou a maior parte dos 2,3 milhões de habitantes do território, provocou uma crise humanitária e tem havido cenas caóticas e incidentes mortais durante a distribuição de ajuda humanitária nas últimas semanas. Agências humanitárias tem procurado variar as rotas dos comboios para evitar multidões e arriscar que os caminhões sejam parados nas ruas.

    No final de fevereiro, o Ministério da Saúde de Gaza afirmou que as FDI abriram fogo contra um grupo de palestinos em uma fila de comida, matando ao menos 104 pessoas e ferindo outras 760. O incidente caótico teria ocorrido enquanto os civis se reuniam ao redor de caminhões com suprimentos na Cidade de Gaza. De acordo com depoimento de um militar israelense à emissora americana CNN, as FDI dispararam porque “a multidão se aproximava das forças de uma maneira que representava uma ameaça aos soldados”.

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    Além disso, nesta semana, durante uma operação de entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza por via aérea, vários palestinos foram atingidos por pacotes de suprimentos lançados de aviões. Pelo menos cinco pessoas morreram e outras 10 ficaram feridas no campo de Al Shati, próximo à Cidade de Gaza, de acordo com relatos de moradores à emissora americana CNN e à agência de notícias AFP.

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