Sydney (Austrália), 10 jun (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Austrália, Bob Carr, reivindicou neste domingo à Líbia acesso consular à advogada australiana Melinda Taylor, do Tribunal Penal Internacional (TPI), detida após visitar a Seif al Islam Kadafi na prisão de Zintan, a 150 quilômetros ao sudoeste de Trípoli.
‘A Austrália quer que as autoridades líbias autorizem imediatamente acesso consular a Melinda Taylor e que proporcionem toda sua cooperação para garantir sua libertação’, disse Carr por meio de um comunicado emitido por seu Ministério.
‘O presidente do Tribunal Penal Internacional manifestou sua preocupação pela segurança de Melinda e de seus colegas. Nós compartilhamos essa preocupação’, acrescentou o chanceler.
O ministro das Relações Exteriores disse ainda que conversou sobre esse assunto com o representante líbio na Austrália e com o embaixador australiano na Líbia, David Ritchie.
Melinda, que viajou à Líbia para uma missão ‘rotineira’ do TPI, foi detida na sexta-feira passada após se reunir com Seif al Islam, o filho de Muammar Kadafi e seu herdeiro antes da queda do regime em outubro do ano passado.
O representante líbio perante o TPI, Ahmed Jihani, explicou que a advogada australiana estava com uma máquina fotográfica em miniatura camuflada em uma caneta e uma gravadora dentro de seu relógio.
Seif al Islam foi capturado em 19 de novembro de 2011 e permanece retido desde então pela brigada de Zintan, que reivindica seu direito a julgá-lo e se nega a entregá-lo às autoridades centrais de Trípoli ou ao TPI. EFE