Novos elementos na investigação dos massacres de Toulouse e Montauban indicam a existência de um terceiro cúmplice do assassino confesso, Mohammed Merah, além de seu irmão Abdelkader Merah, que já está preso. Merah foi morto pela polícia francesa no dia 22 de março, após mais de 30 horas de cerco.
Entenda o caso
- • No dia 19 de março, Mohamed Merah invadiu uma escola judaica de Toulouse (sul da França) e matou 1 adulto e 3 crianças.
- • Logo descobriu-se que foi ele também o responsável pelas mortes de 3 soldados poucos dias antes.
- • Três dias depois do último ataque, o jovem de 23 anos foi cercado pela polícia no apartamento onde morava, e morto em uma operação que durou mais de 30 horas.
- • Segundo o governo francês, Merah pertencia à Al Qaeda e disse que matou para vingar crianças palestinas e protestar contra o envio de tropas ao Afeganistão.
A primeira pista sobre um terceiro elemento na ação foi um carro encontrado na quarta-feira em Saint-Papoul, cidade a 60 quilômetros de Toulouse. O veículo estava abandonado e em seu interior havia um capacete e partes da carroceria de uma moto Yamaha TMAX, o mesmo modelo da utilizada por Merah para cometer os assassinatos de sete pessoas – três estudantes e um professor em uma escola judaica de Toulouse e três militares em Montauban.
A rede de televisão France 3 assinalou que o carro – um Renault Clio branco – é de propriedade de um morador do edifício em Toulouse onde vivia o assassino. Citando fontes da investigação, o canal de notícias assinalou que poderia se tratar do veículo utilizado por um terceiro homem para enviar pelo correio à rede de televisão Al Jazira, do Qatar, os vídeos dos massacres filmados por Merah. Na terça-feira, a rede árabe anunciou que não vai divulgar o conteúdo dos vídeos, acatando o pedido do presidente Nicolas Sarkozy.
Interrogatório – O jornal Le Parisien, por sua vez, afirmou que Abdelkader Merah, preso desde domingo por cumplicidade no caso, declarou durante os interrogatórios policiais que no dia em que roubou com seu irmão a moto utilizada nos assassinatos havia um terceiro homem, mas não quis precisar o nome do cúmplice.
(Com agência EFE)