Uma série de ataques a bomba coordenados abalou o Iraque na manhã desta segunda-feira, deixando pelo menos 93 mortos e 133 feridos, de acordo com autoridades de segurança e fontes médicas. Este já é considerado o dia mais sangrento no país desde a retirada das tropas americanas, em dezembro do ano passado.
Foram registradas explosões em 13 cidades. O pior incidente ocorreu em em Taji, um bairro sunita a 20 quilômetros de Bagdá, onde ao menos 17 pessoas morreram após bombas serem colocadas em cinco casas. Tropas enviadas para o local acabaram vítimas de um homem-bomba, que matou 11 policiais.
Quatro carros-bomba explodiram em Kirkuk, ao norte da capital, matando pelo menos mais quatro e ferindo 15 pessoas. Além disso, houve tiroteios em diversos postos de controle nas redondezas.
Entre as localidades atingidas estão as cidades de Mahmudiya, Dhuluiya, Saadiya, Khan Beni Saad, Tuz Khurmatu e Dibis, todas nos arredores de Bagdá. Em meio às vítimas estão entre 13 e 15 integrantes das forças de segurança – uma base militar em Dhuluiya foi alvo da ação de atiradores.
Al Qaeda – Os atentados desta segunda ocorrem um dia depois de uma série de explosões em todo o país, que matou pelo menos 20 e feriu outras 88 pessoas. Dias antes, o chefe da Al Qaeda no Iraque, Abu Bakr al Baghdadi, afirmou que a rede terrorista está se reagrupando no país. Apesar disso, nenhum grupo reivindicou a autoria dos ataques.
A última onda de violência no Iraque havia ocorrido há cerca de seis semanas. Em 13 de junho, uma série de explosões de carros-bomba atingiu seis das 18 províncias do país e deixou 62 mortos. Em todo o mês de junho foram 237 mortos e mais de 600 feridos.
Após a retirada dos soldados americanos, em 18 de dezembro de 2011, o dia mais sangrento no país havia sido 5 de janeiro, quando 78 pessoas morreram em ataques em Bagdá e Nasiriyah. Desde então o Iraque vive uma escalada de violência acompanhada pelo aumento das tensões sectárias no cenário político.
(Com agências France-Presse e EFE)