Um ataque feito por um homem-bomba matou pelo menos 16 pessoas em um café na cidade de Baladweyne, na Somália, perto da fronteira com a Etiópia. O café costuma ser frequentado por soldados locais e estrangeiros que lutam contra rebeldes ligados a Al Qaeda. O grupo terrorista Al Shabaab assumiu a responsabilidade pelo atentado.
“Um homem com uma jaqueta de explosivos entrou inesperadamente na loja de chá, onde soldados e civis se sentavam e se explodiu”, narrou Ahmed Nur, um idoso que estava no local. Há 33 pessoas feridas.
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Forças somalianas, amparadas por outros países da África, expulsaram o Al Shabaab de Baladweyne há mais de um ano. Apesar de o grupo ter perdido territórios nos últimos tempos, ainda controla grandes áreas rurais e algumas cidades. “Nosso alvo principal eram tropas etíopes e de Djibouti que invadiram nosso país. Eles estavam sentados lá”, disse o Sheikh Abdiasis Abu Musab, porta-voz da operação militar do Al Shabaab, em refereência a soldados de tropas que participam de força africana de paz, contra o grupo terrorista islamita. Abu Musad disse que o número de mortos no ataque deste sábado foi de 25.
Abdirahman Omar Osman, porta-voz do presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, afirmou que o bombardeio não intimidará a ação do governo de expulsar o grupo terrorista do comando de alguns territórios do país. “Esse ataque suicida visava deliberadamente desestabilizar a cidade e isso é algo que não vamos tolerar e não vai parar o nosso plano para estabelecer um governo local na região”.
O grupo Al Shabaab demonstrou a capacidade para atacar alvos distantes no mês passado, quando seus homens armados invadiram um shopping center em Nairobi, lançando granadas e atirando em clientes. A ação foi uma represália ao Quênia, que enviou tropas para a Somália combater o Al Shabaab.
(Com Reuters)
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