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‘Atentado em Boston mostra que Rússia e EUA devem trabalhar juntos’, diz Putin

Polícia russa pediu em 2011 que FBI investigasse checheno acusado de ataque

Por Da Redação
25 abr 2013, 09h41
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  • O presidente russo Vladimir Putin disse nesta quinta-feira que o atentado na maratona de Boston mostrou a necessidade de que Rússia e Estados Unidos trabalhem mais próximos em questões de segurança. Para Putin, o ataque também provou que a política do governo russo para a instável região do Cáucaso está correta.

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    “Se nós realmente juntarmos os nossos esforços, não vamos permitir esses ataques e sofrer perdas desse tipo”, disse Putin em sua sessão anual de perguntas e respostas. “Essa tragédia deve nos impulsionar a trabalhar mais de perto com ameaças em comum, inclusive terrorismo, que é uma das maiores e mais perigosas delas”. Putin disse que não se deve buscar os motivos do atentado no sofrimento do povo checheno, particularmente das deportações em massa para a Sibéria e Ásia central sob a ditadura soviética de Josef Stalin. “A causa não é a sua etnia ou religião, são seus sentimentos extremistas”.

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    “Eu sempre senti indignação quando nossos parceiros do Ocidente se referiam aos terroristas no território da Rússia como rebeldes”, afirmou o presidente. Os EUA pediram mais de uma vez ao governo russo que buscasse uma negociação política com a Chechênia, e criticou os abusos cometidos por tropas russas nas guerras separatistas, que começaram em 1994 e provocaram uma insurgência islâmica que se espalhou pela região. O governo americano também enviou ajuda humanitária à região nos anos 1990.

    Diplomacia – Os dois irmãos acusados de planejar e realizar o atentado em Boston são chechenos, mas moravam nos EUA há mais de uma década. Foi o governo russo que chamou a atenção do FBI ao mais velho e suposto mentor do ataque, Tamerlan Tsarnaev, em 2011, quando pediu à polícia americana que o investigasse após informações de que ele teria se radicalizado no Islamismo. O FBI disse que o investigou na época, sem encontrar evidências de uma ameaça terrorista.

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    A Rússia disse que pediu uma nova investigação e foi ignorada, enquanto os EUA dizem que pediram mais informações sobre a família Tsarnaev, mas não recebeu resposta. Desde a Guerra Fria, as relações entre os dois países passa por momentos tensos. Recentemente, os dois países trocaram acusações de violações a direitos humanos, e chegaram a aprovar leis que banem certos cidadãos russos de entrar nos EUA e vice-versa.

    CIA – Tamerlan Tsarnaev entrou em uma lista de terroristas perigosos há 18 meses a pedido da CIA, a inteligência americana, informou nesta quinta-feira a imprensa americana. A lista, chamada de Tide (Terrorist Identities Datamart Environment), reúne meio milhão de nomes, fornecendo informação para diferentes listas de vigilância do governo dos EUA, entre elas a de principais terroristas.

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    Antes, autoridades americanas haviam informado que a inteligência americana não tinha informações sobre ameaças à maratona. Na quarta-feira, o FBI foi interrogado pela comissão de inteligência do Senado por “falhar na investigação a Tamerlan Tsarnaev”. Após o interrogatório, o senador democrata Dutch Ruppersberger disse que o FBI não teve culpa. “Eu acredito, baseado nos depoimentos de hoje, que o FBI fez exatamente o que eles deveriam e seguiram os protocolos”.

    Viagem – No ano passado, Tamerlan Tsarnaev passou seis meses no Daguestão, uma ex-república soviética de maioria muçulmana vizinha da Chechênia, região de origem dos irmãos suspeitos. Durante a visita, ele teria passado dois dias na Chechênia. Tamerlan, de 26 anos, morreu na última quinta-feira durante uma caçada por ele e seu irmão Dzhokhar, que foi capturado vivo, apesar de gravemente ferido, e indiciado pelas explosões que mataram três pessoas e deixaram mais de 180 feridos. A viagem foi a causa da desconfiança no governo russo.

    Captura – Tsarnaev foi detido na sexta-feira passada e internado imediatamente no hospital Beth Israel, em Boston, onde continua em estado grave, segundo o último informe do FBI. Desde domingo, o jovem está se comunicando com os investigadores de forma escrita, já que ele não pode falar devido a lesões na garganta ocorridas durante perseguições policiais na semana passada. Na primeira delas, houve uma troca de tiros e o seu irmão, Tamerlan, morreu.

    Os dois irmãos Tsarnaev são apontados como os responsáveis pelas duas explosões na maratona de Boston que deixaram três mortos e mais de 180 feridos. Na quarta-feira, uma autoridade americana disse que as bombas foram detonadas por um controle remoto de brinquedo a poucas ruas do local da explosão.

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    (Com agência Reuters)

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