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Ataque a estação de trem deixa ao menos 39 mortos na Ucrânia

Autoridades locais afirmam que dois mísseis atingiram parada em Kramatorsk, Donetsk; Rússia nega qualquer envolvimento

Por Da Redação Atualizado em 8 abr 2022, 08h33 - Publicado em 8 abr 2022, 08h19

Ao menos 39 pessoas morreram e outras 90 ficaram feridas nesta sexta-feira, 8, após um ataque contra uma estação de trem Kramatorsk, no leste da Ucrânia, onde centenas de civis esperavam para deixar a região, de acordo com autoridades ucranianas. A Rússia nega a autoria do ataque.

“Milhares de pessoas estavam na estação durante o ataque com mísseis, pois os moradores da região de Donetsk estão sendo removidos para regiões mais seguras da Ucrânia”, disse o governador de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, em comunicado.

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De acordo com o chefe da ferrovia ucraniana, ao menos duas crianças estão entre os mortos. O prefeito de Kramatorsk, Oleksander Honcharenko, disse que cerca de 4 mil pessoas estavam na estação no momento do ataque.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, responsabilizou a Rússia pelo ataque, que classificou como “maldade sem limites”. 

Como eles não têm força nem valor para nos enfrentar no campo de batalha, destroem cinicamente a população civil. É uma maldade sem limites. Se não os castigam, jamais vão parar”, afirmou.

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A ação também foi condenada pelo chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell.

Condeno com firmeza o ataque cego desta manhã contra a estação de trem. Trata-se de uma nova tentativa de fechar as saídas para aqueles que fogem desta guerra injustificada e de causar sofrimento humano”, disse em sua conta oficial no Twitter. 

A repórteres, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, negou qualquer envolvimento do Exército russo e afirmou que não havia missões programadas nesta sexta-feira em Kramatorsk. Através da agência de notícias estatal RIA, o Ministério da Defesa russo alegou que o míssil usado seria um tipo possuído apenas pelo Exército ucraniano, e similar ao que atingiu o centro da cidade de Donetsk em 14 de março.

Na quinta-feira, citando violações graves, a Assembleia Geral das Nações Unidas votou pela suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos, em Genebra.

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O pedido foi feito após a Procuradoria-Geral da Ucrânia anunciar no domingo que 410 corpos foram encontrados em valas comuns e nas ruas da cidade e, segundo o governo ucraniano e de acordo com imagens difundidas por veículos internacionais, os corpos apresentavam sinais de terem sido sumariamente executados. As vítimas estariam trajando roupas civis e muitas estavam com as mãos atadas.

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (Acnudh), que está revisando vídeos e materiais recebidos sobre a situação na cidade, declarou que análises preliminares “parecem sugerir” um assassinato de civis de forma deliberada, de acordo com a porta-voz Liz Throssell. 

Segundo Throssell, as imagens em que corpos aparecem com as mãos amarradas ou queimadas poderiam indicar que os agressores visavam deliberadamente essas vítimas, o que poderia elevar a gravidade dessas violações aos direitos humanos cometidas durante a invasão à Ucrânia, se os fatos forem confirmados.

“Na semana passada, a Alta Comissária Michelle Bachelet já falou de possíveis crimes de guerra no contexto de bombardeios a infraestruturas civis, mas isso aparenta ser um assassinato direito de civis”, disse a porta-voz, que admitiu haver a necessidade de comprovar as imagens. “Em incidentes específicos, são necessárias análises forenses, monitoramento e coleta de informações, para determinar quem fez o quê.”

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