Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Israel-Hamas: Assembleia Geral da ONU aprova trégua humanitária

Texto capitaneado pela Jordânia recebeu 120 votos, incluindo um do Brasil

Por Da Redação
Atualizado em 27 out 2023, 21h32 - Publicado em 27 out 2023, 17h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou nesta sexta-feira, 27, uma resolução que pede trégua humanitária imediata no conflito entre Israel e o grupo militante palestino Hamas.

    Publicidade

    O texto, capitaneado pela Jordânia, é apenas recomendatório, e não mandatório, o que significa que as partes envolvidas não são obrigadas a aplicar a resolução. O placar foi de 120 votos a favor, incluindo um voto do Brasil, catorze contra e 45 abstenções.

    Publicidade

    Depois de vários impasses no Conselho de Segurança da ONU, países que apoiam o fim da guerra no Oriente Médio convocaram a reunião de emergência da Assembleia Geral para tentar fechar um acordo de cessar-fogo. Enquanto no Conselho de Segurança países com assento permanente, como Estados Unidos ou Rússia, têm poder de vetar as resoluções, na Assembleia Geral basta o voto da maioria dos países para que um texto seja aprovado.

    Em pronunciamento antes da votação desta sexta, o observador permanente da Palestina junto às Nações Unidas, Riyad Mansour, pediu o cessar-fogo imediato. Emocionado, ele falou dos mais de 7.000 palestinos mortos desde o dia 7 de outubro e questionou a diferença de tratamento dado às vítimas israelenses e às vítimas palestinas.

    Publicidade

    “Por que se sente tanta dor pela morte dos israelenses e tão pouca dor por nós, os palestinos? Qual é o problema? Nós temos a fé errada? A cor de pele errada? A nacionalidade errada? A origem errada? Como os representantes dos países podem explicar o quão horrível é a morte de 1.000 israelenses e não sentir o mesmo pela morte de 1.000 palestinos que estão morrendo agora, a cada dia?”

    Continua após a publicidade

    Já o representante de Israel, Gilad Erlan, chamou de absurda uma resolução pelo cessar-fogo e comparou o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que resultou na morte de 1.400 israelenses, a um câncer.

    Publicidade

    “A missão de Israel é erradicar esse mal da Terra. Erradicar. Hamas não pode mais existir. Nosso objetivo é a completa erradicação do Hamas e suas capacidades. E vamos usar todo o tempo que tivermos para alcançar isso. Existe apenas uma solução para curar um câncer e é extirpando cada célula cancerosa.”

    No X (antigo Twitter), o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, afirmou que o país rejeita a resolução: “Nós rejeitamos o pedido desprezível da Assembleia Geral da ONU por um cessar-fogo. Israel pretende eliminar o Hamas da mesma maneira como o mundo lidou com os nazistas e o Estado Islâmico”.

    Publicidade

    No âmbito do Conselho de Segurança, a Rússia e a China usaram poder de veto na quarta-feira para derrubar uma proposta dos EUA sobre o conflito. Um outro texto, apresentado por Moscou, também não foi para frente, depois de não conseguir o número mínimo de votos necessário para aprovação.

    Continua após a publicidade

    Enquanto a proposta dos EUA é baseada em pausas no conflito para permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza, a Rússia quer um cessar-fogo humanitário. Para qualquer resolução ser aprovada, os projetos precisam de pelo menos nove votos e nenhum veto de Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia ou China.

    Publicidade

    Os Estados Unidos propuseram o seu próprio projeto de texto no último sábado, 20, que chocou alguns diplomatas com a sua franqueza ao afirmar que Israel tem o direito de se defender e exigir que o Irã deixe de exportar armas para grupos militantes. Desde então, a proposta foi abrandada, eliminando referências diretas a Teerã e ao direito de Israel à autodefesa.

    Na semana passada, o Conselho de Segurança também rejeitou a proposta do Brasil para a guerra Israel-Hamas. A proposta brasileira recebeu doze votos a favor, um contra e duas abstenções. Como o voto contrário foi dos Estados Unidos, com direito a veto devido ao status de membro permanente do Conselho, o texto foi rejeitado.

    A decisão do Conselho foi criticada pelo representante permanente do Brasil nas Nações Unidas, embaixador Sergio Danese, que condenou o que chamou de “paralisia” do Conselho de Segurança. “Mais uma vez, o Conselho de Segurança é marcado por inação”, afirmou ele.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.