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Arqueólogos descobrem sinagoga do século 14 dentro de bar na Espanha

Em 1492, a população judaica foi obrigada a se converter ao cristianismo, o que fez com que prédio ganhasse novos propósitos ao longo dos anos

Por Da Redação
7 fev 2023, 19h06
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  • Arqueólogos na cidade de Utrera, no sul da Espanha, confirmaram nesta terça-feira, 7, a descoberta de uma sinagoga do século 14 escondida dentro de um prédio que, anos depois, foi convertido em uma igreja católica, um hospital e, mais recentemente, em um bar. 

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    De acordo com o arqueólogo Miguel Ángel de Dios, a primeira medida a ser tomada é confirmar “a presença da sala de orações” e depois analisar as paredes e o piso do edifício, algo que pode demorar anos.

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    Complexo da sinagoga em Utrera, Espanha. 07/02/2023 (Ciudad de Utrera/@CiudadUtrera/Twitter)

    “Os elementos fundamentais da sinagoga, como o hall de entrada, ou os bancos perimetrais que surgiram nesta pesquisa, agora confirmam que estamos realmente no salão de orações”, disse a jornalistas. 

    O único indício que comprova que o local se trata de um templo judaico veio de uma carta que um padre e historiador chamado Rodrigo Caro escreveu em 1604 dizendo que o lugar onde os judeus costumavam rezar tinha se transformado em um hospital.

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    Em 1492, a população judaica, que girava em torno de 200.000 pessoas, foi obrigada a se converter ao cristianismo pela rainha Isabel I de Castela e o rei Fernando II de Aragão. Na época, caso os judeus se recusassem a virarem cristão, eles seriam expulsos da Espanha. Apesar disso, ainda existem algumas sinagogas medievais na Espanha, inclusive nas cidades de Toledo e Córdoba.

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    Quando a sinagoga foi convertida em igreja, no século 16, todos os vestígios do passado judaico foram apagados. 

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    “Agora temos a certeza científica de que estamos em uma sinagoga medieval”, declarou o prefeito de Utrera, José María Villalobos. “O estado de conservação da sinagoga, mesmo sendo parcial, não deixa de ser excepcional”.

    O local pode também atrair turistas interessados ​​no passado judaico da Espanha. Diversas cidades buscam traços históricos semelhantes, transformando a procura em um foco importante. 

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    Nos últimos anos, o país tentou se reparar com os judeus e o governo chamou a medida imposta no século XV de “erro histórico”. Em 2015, o governo espanhol permitiu que os descendentes de judeus sefarditas exilados solicitassem novamente a cidadania espanhola, e mais 132 mil pessoas entraram com pedidos. 

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