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Armamento para a Coreia do Norte era ‘obsoleto’, diz Cuba

Governo cubano dá sua versão para o caso e tenta se livrar de suspeita de que estaria vendendo armas para o regime norte-coreano, algo proibido pela ONU

Por Da Redação
17 jul 2013, 02h09

O governo cubano se desdobrou nesta terça-feira para tentar explicar por que um navio da Coreia do Norte estava vindo de Cuba com armamento escondido debaixo de uma carga de açúcar. O inesperado carregamento foi descoberto na segunda-feira pelas autoridades do Panamá após o país ter retido o navio de bandeira norte-coreana depois de uma denúncia de que ele poderia estar transportando drogas.

De acordo com Havana, o navio levava 240 toneladas de material de defesa “obsoleto”, em sua maioria de origem soviética, que passaria por uma manutenção na Coreia do Norte e seria devolvido logo depois para as autoridades cubanas. Entre o armamento estariam duas baterias antiaéreas, nove foguetes e dois aviões Mig-21 Bis acompanhados por quinze motores para as aeronaves.

Sanções – É bom lembrar que a venda de armas para a Coreia do Norte é proibida pela ONU por causa de sanções aprovadas em resposta às pretensões nucleares do país. “Cuba reitera seu firme e irrevogável compromisso com a paz, o desarmamento, inclusive nuclear, e o respeito ao Direito Internacional”, diz uma nota oficial divulgada por Havana. As autoridades cubanas destacaram que os acordos assinados com o regime da Coreia do Norte nas esferas de manutenção e reparo de armas se sustentam na necessidade de manter a “capacidade defensiva e a soberania nacional” de Cuba.

O episódio acontece apenas duas semanas depois da visita a Cuba, entre final de junho e início de julho, de uma delegação militar da Coreia do Norte, liderada pelo chefe do Estado-Maior Kim Kyok Sik, que foi recepcionado pessoalmente pelo ditador cubano Raúl Castro. Durante essa visita, o general Kyok Sik ressaltou os laços de “irmandade” entre os países e disse que ambos compartilham “a mesma trincheira”.

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Tripulação – O cargueiro vindo de Cuba foi apreendido na noite de segunda-feira no porto de Manzanillo, no lado do Atlântico do canal do Panamá. O material bélico estava escondido debaixo de uma carga de açúcar mascavo. A tripulação de 35 pessoas tentou resistir à prisão antes de ser contida pelas autoridades portuárias. O capitão do navio teria tentado cometer suicídio. Os marinheiros permanecem sob custódia em uma base aeronaval e o governo do Panamá pediu auxílio da ONU para decidir qual será o destino deles. “Que o mundo saiba que material bélico não declarado não pode passar pelo Canal do Panamá”, declarou o presidente do país, Ricardo Martinelli, sobre o caso.

(Com agência EFE)

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