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Arafat não foi envenenado, segundo relatório francês

Agência vazou resultado de análise elaborada a partir de pedido do Ministério Público da França. Texto indica que dirigente palestino morreu de causa natural

Por Da Redação
3 dez 2013, 14h18

Um novo relatório deve enfraquecer de vez as teorias conspiratórias que cercam a morte de Yasser Arafat (1929-2004). Elaborado por um grupo de cientistas franceses que analisaram amostras dos restos mortais do dirigente palestino, o documento descartou a possibilidade de envenenamento como causa da morte. A conclusão foi que Arafat, que tinha 75 anos, morreu de causas naturais.

A conclusão não foi oficialmente confirmada pelos cientistas ou pelo Ministério Público francês, que solicitou a análise. As primeiras informações são da agência France-Presse, que afirma ter falado com um dos cientistas. “O relatório descarta da tese de envenenamento e aponta para uma morte natural”, disse a fonte, que não foi identificada.

Leia também: Israel qualifica de ‘telenovela’ a investigação sobre a morte de Arafat

O Ministério Público francês analisa o caso porque Arafat morreu em um hospital de Paris. A viúva do ex-dirigente, Suha, entrou com um pedido em julho de 2012 para que a morte fosse investigada como suspeita de assassinato – o objetivo é apontar Israel como culpado. Ela havia apresentado como indício um relatório preliminar elaborado por outra equipe que havia apontado a presença de polônio (substância radioativa extremamente tóxica) em objetos do ex-dirigente. Essas primeiras conclusões foram divulgadas por uma série de reportagens da rede Al Jazeera.

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Desde 2012, três relatórios começaram a ser elaborados por equipes diferentes de cientistas – uma russa, uma suíça e a francesa. Destas, apenas a equipe francesa pode ser considerada independente, já que a análise não foi feita a pedido da Autoridade Palestina. A viúva de Arafat pediu o cruzamento dos dados dos relatórios suíço e francês. “Devemos continuar. Não é mais que o começo. Não é a sentença, é só a conclusão dos especialistas”.

O relatório suíço, divulgado no início de novembro, apontou que “os resultados sustentam de forma ‘moderada’ a hipótese de morte por veneno”. Ainda assim, o texto apontou que os testes foram realizados em uma amostra limitada de material. Um investigador forense, consultado pela Al Jazeera, afirmou que o nível de polônio nos restos mortais era dezoito vezes maior que o normal. A informação foi amplamente divulgada mas não constava no documento.

O relatório russo, mesmo apontando que havia “grande volumes” de polônio no corpo, acabou chegando a uma conclusão parecida com a francesa. “As conclusões do relatório sobre os níveis de polônio-210 e o desenvolvimento da doença dele não fornecem evidências suficientes para embasar a decisão de que o polônio-210 causou uma síndrome radioativa aguda que levou à morte”, disse o médico Abdullah Bashir, membro da equipe de investigação palestina que divulgou o relatório, no dia 8 de novembro.

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