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Arábia Saudita propõe cessar-fogo de cinco dias no Iêmen

A proposta foi feita com a presença do secretário de Estado americano, John Kerry, em Riad. O objetivo é usar a pausa no conflito para oferecer ajuda humanitária aos civis

Por Da Redação
7 Maio 2015, 11h19

A Arábia Saudita, que lidera uma campanha aérea contra os rebeldes xiitas houthis no Iêmen, propôs nesta quinta-feira um cessar-fogo de cinco dias para permitir a chegada de ajuda humanitária à população, duramente afetada pela guerra. “Damos as boas-vindas a uma nova iniciativa para tentar conseguir uma solução pacífica através do anúncio da intenção de estabelecer um total cessar-fogo de cinco dias renovável e uma pausa humanitária”, disse o secretário de Estado americano, John Kerry, em entrevista coletiva junto ao representante saudita, Adel al Yobeir, em Riad.

No entanto, o chefe da diplomacia americana advertiu que nesses dias “nenhuma das partes pode explorar a pausa humanitária” e que não deve haver bombardeios, disparos, movimentações de tropas ou reposicionamentos para conseguir avanços militares. “Este cessar-fogo está condicionado. Os houthis precisam se comprometer”, comentou Kerry, antes de pedir aos rebeldes e a seus aliados para “não perderem a oportunidade” para avançar rumo a uma solução política e fazer com que a ajuda humanitária chegue à população. Yobeir ressaltou, no entanto, que o cessar-fogo só poderá acontecer “se os houthis e seus aliados assinarem, não impedirem os esforços humanitários e não adotarem ações agressivas”.

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“Pedimos com firmeza aos houthis e aos que os apoiam que utilizem sua influência com o objetivo de não perder esta grande oportunidade para responder às necessidades da população iemenita e encontrar uma via pacífica”, insistiu o secretário de Estado americano. Kerry declarou que “nem Arábia Saudita, nem Estados Unidos falam de enviar tropas terrestres ao Iêmen”, um dia depois do governo iemenita no exílio ter solicitado a medida para proteger os civis.

O secretário de Estado americano também apoiou a realização de uma conferência em Riad, marcada para o dia 17 de maio, entre as diferentes partes iemenitas, que deve se basear nas resoluções da ONU para chegar a “uma solução pacífica” para o conflito. Durante a visita a Riad, Kerry se reuniu nesta quinta com o rei saudita e com o presidente iemenita para discutir sobre o atual conflito O governo dos EUA anunciou ontem que destinará 68 milhões de dólares (quase 210 milhões de reais) para atenuar a crise humanitária no Iêmen.

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O avanço dos rebeldes houthis em direção ao sul do Iêmen em fevereiro motivou a fuga do presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi para Riad e a posterior ofensiva aérea da coalizão árabe, agravando um conflito que já causou a morte de mais de 2.000 pessoas. Os EUA, a ONU e a Arábia Saudita acusam o Irã, maior país xiita da região, de fornecer armas e incitar os houthis a desestabilizar o Iêmen.

(Da redação)

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