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Apresentadoras afegãs são forçadas a cobrir o rosto após ordem do Talibã

Mulheres cederam à ordem do regime depois de pressão de líderes do governo sobre as emissoras

Por Redação
Atualizado em 22 Maio 2022, 14h27 - Publicado em 22 Maio 2022, 13h39

As apresentadoras dos canais de televisão do Afeganistão apareceram no ar neste domingo, 22, com o rosto coberto, seguindo uma ordem do Talibã. No sábado, algumas mulheres apareceram com o rosto à mostra, desafiando às ordens do regime. Segundo a BBC, as apresentadoras resistiram, mas foram forçadas a adotar a vestimenta depois que os veículos em que trabalham foram pressionados pelo regime do Talibã.

No início do mês, o chefe do Talibã determinou que as mulheres se cobrissem por inteiro para sair em público, idealmente usando burcas. A regra se estendeu para as apresentadoras nesse sábado, mas algumas delas desafiaram a medida. Depois da recusa em obedecer a ordem, uma autoridade do regime ameaçou os trabalhadores dizendo que conversaria com os superiores para eventuais punições, já que a medida é “final e inegociável.”

Em entrevista à agência de notícias AFP, a apresentadora Sonia Niazi, do canal local TOLO News, relatou que o canal recebeu ordens para que elas sejam transferidas ou demitidas caso não cubram o rosto. “Estamos em um luto profundo hoje”, disse o diretor Khpolwak Sapai em uma postagem no Facebook. Um executivo do ramo, que preferiu não se identificar, relatou à BBC que as mulheres temem que a próxima medida seja tirá-las do ar por completo. “Eles querem apagar as mulheres da vida social e política”, disse à emissora a apresentadora Farida Sial.

Quando retomou o poder, no ano passado, o Talibã alegou que não iria avançar contra os direitos das mulheres. Nas últimas semanas, no entanto, o regime abandonou o discurso “comedido” e tem aumentado suas restrições. Além da obrigatoriedade de cobrir o rosto, já impôs medidas como dias separados para que mulheres visitem os parques públicos, barrou as meninas de frequentarem as escolas depois da sexta série e determinou que os “homens responsáveis” podem ser punidos por infrações do código de vestimenta feminino.

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