Após vitória apertada, Chávez promete governar melhor
Ditador conseguiu se reeleger com 54,4% dos votos, contra 45% de Capriles
Por Da Redação
8 out 2012, 09h31
Depois da vitória sobre o opositor Henrique Capriles, Hugo Chávez prometeu ser um “presidente melhor”. “A Venezuela vai continuar no caminho do socialismo democrático e bolivariano do século 21”, disse Chávez da varanda do palácio presidencial, no centro de Caracas, na noite de domingo, segurando uma réplica da espada do herói da independência Simon Bolívar. “Eu prometo que vou ser um presidente melhor”, acrescentou, diante de dezenas de milhares de venezuelanos, que lotaram as ruas ao redor do palácio presidencial, com os punhos erguidos e gritando seu nome.
O novo mandato de seis anos permitirá a Chávez consolidar o controle sobre a economia da Venezuela, possivelmente através da extensão de uma onda de nacionalizações, e continuar seu apoio a aliados de esquerda na América Latina e em todo o mundo. Com 90% das urnas apuradas, ele recebeu 54,4% dos votos, contra 45% conquistados por Capriles. A participação dos eleitores foi histórica: mais de 80% das 19 milhões registrados foram aos centros de votação no domingo – na Venezuela, o voto não é obrigatório.
Em comparação com a eleição anterior, a vitória de Chávez desta vez foi consideravelmente mais magra. Em 2006, ele ganhou com uma vantagem de 25 pontos percentuais. O resultado atual reflete a crescente frustração com a incapacidade do governo de resolver problemas como a criminalidade, blecautes e corrupção. Em resposta a essas críticas, Chávez disse que estaria mais focado em seu novo mandato, que terá início no dia 10 de janeiro. “Hoje começamos um novo ciclo de governo, no qual temos de responder com maior eficácia e eficiência às necessidades do nosso povo”.
Diplomacia – O quarto mandato consecutivo de Chávez despertou os interesses da China, que disse nesta segunda-feira que pretende aumentar as relações econômicas com a Venezuela após a reeleição do coronel. Após conhecer os resultados eleitorais, o porta-voz da Chancelaria chinesa, Hong Lei, parabenizou Chávez e desejou que o país tenha novas conquistas no próximo mandato.
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As relações entre China e Venezuela cresceram nos últimos anos, especialmente pelo interesse crescente da China nas reservas de petróleo venezuelanas. Caracas vende 640.000 barris de petróleo diários a Pequim. No âmbito político, as afinidades entre o modelo de Chávez e do Partido Comunista chinês fizeram com que os dois tivessem boas relações, especialmente na diminuição da dependência em relação aos Estados Unidos.
A União Europeia também parabenizou nesta segunda-feira Chávez por sua reeleição, mas pediu que trabalhe para reforçar as instituições do país e as liberdades individuais em seu novo mandato, que vai até 2019.
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(Com agências EFE e Reuters)
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VEJA Mercado - quinta, 2 de maio
Moody’s melhora perspectiva para Brasil, o duro recado do Fed e entrevista com Luis Otávio Leal
A agência de classificação de riscos Moody’s mudou a perspectiva da nota de crédito do Brasil de estável para positiva. Em outras palavras, o país está mais próximo de ter sua nota de crédito melhorada. O Brasil está a duas revisões de obter o chamado grau de investimento, o que ajuda a atrair investimentos estrangeiros. O comitê do Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano, se reuniu na quarta e decidiu manter as taxas de juros do país no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano. Jerome Powell, presidente do Fed, afirmou que altas de juros não fazem parte do cenário-base da instituição, mas falou em falta de progresso na busca pela meta de inflação de 2%. Diego Gimenes entrevista Luis Otávio Leal, economista-chefe da gestora G5 Partners, que comenta esses e outros assuntos.
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