São Paulo, 12 nov (EFE).- A petrolífera Chevron suspendeu neste sábado as atividades de perfuração no Campo de Frade – situado na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro -, depois de um vazamento de óleo, segundo a companhia, quase dez vezes maior que o número informado inicialmente.
Contrariando a estimativa inicial de 60 barris, a companhia americana indicou que o volume derramado de petróleo foi entre 404 e 650 barris, em um volume total que poderia chegar a 104 metros cúbicos, segundo a Agência Brasil.
A Chevron, por sua vez, apontou que está enviando uma frota de navios de apoio ao local para dar suporte à operação de controle da mancha de petróleo. A maior preocupação da empresa, assim como das autoridades brasileiras, é reduzir o impacto ambiental.
Na última sexta, dois dias depois do início do vazamento, a presidente Dilma Rousseff pediu uma ‘rigorosa investigação’ para apurar as causas desse vazamento.
Em comunicado, Dilma cobrou ‘atenção redobrada e uma rigorosa apuração das causas do acidente, bem como de suas responsabilidades. Independentemente do tamanho do vazamento, o fato deve ser rigorosamente apurado’.
O Ministério de Minas e Energia, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) e a Marinha ‘acompanham e apoiam’ de perto todas as medidas adotadas pela Chevron para reduzir os danos desse vazamento.
A Chevron possui uma participação de 51,7% no Campo de Frade, mais que a Petrobras, que possui 30%. O restante pertence ao consórcio japonês Frade Japão Petróleo.
A jazida fica a cerca de 200 quilômetros do litoral do Rio de Janeiro em águas profundas, a 1,1 mil metros sob o leito do mar.
Segundo a petrolífera americana, que começou a explorar o local em 2009, o Campo de Frade conta com reservas que podem chegar a 200 milhões ou 300 milhões de barris de petróleo. EFE