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Após terremotos, Japão suspende alertas de tsunami em todo país

Até o momento, país registra 48 mortes, número que pode aumentar à medida que as autoridades buscam sobreviventes nos escombros

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h41 - Publicado em 2 jan 2024, 11h22
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  • A agência meteorológica do Japão suspendeu nesta terça-feira, 2, os alertas de tsunami que foram emitidos após uma série de terremotos atingir o país na tarde de segunda-feira. Ao menos 48 pessoas foram mortas, número que pode aumentar à medida que as autoridades buscam sobreviventes nos escombros.

    “Devemos resgatá-los o mais rápido possível, especialmente aqueles que estão presos sob estruturas desmoronadas”, disse o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.

    Os alertas de tsunami foram predominantemente para as regiões costeiras, que registraram fortes ondas de 1,2 metro nos primeiros 10 minutos depois dos terremotos.

    Devido aos tremores, o maior deles de magnitude 7,6, estradas foram destruídas, prédios foram derrubados e aeroportos fecharam, por causa de danos nas pistas. Incêndios também foram registrados na cidade de Wajima, devastando casas e matando 15 pessoas.

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    Áreas atingidas

    A península de Noto, que se projeta para o Mar do Japão, é considerada o epicentro dos terremotos. Para auxiliar nos resgates, 1 mil militares foram enviados à região, mas as operações foram prejudicas pelo alto grau de destruição das estradas do país. 

    O funcionamento de trens-bala e a escala de voos também foram suspensos na região. Segundo a emissora japonesa NHK, as principais rodovias estão fechadas e o suprimento de água foi cortado por rupturas dos canos, ao mesmo tempo em que as redes de telefonia móvel enfrentam instabilidade. O serviço está sendo, pouco a pouco, restaurado, de acordo com autoridades. 

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    Tremores secundários

    Tremores secundários, aqueles de menor intensidade que seguem o terremoto inicial, podem atingir as áreas afetadas nos próximos dias. Como consequência, habitantes de regiões costeiras foram instruídos a não retornar às suas casas por enquanto, embora os tsunamis não sejam mais o centro das preocupações. Os moradores foram transferidos para quadras esportivas, escolas e edifícios públicos, utilizados como abrigos temporários. 

    O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) registrou 31 tremores secundários desde o incidente desta segunda-feira 1º. O mais intenso entre eles “foi de magnitude 6,2, que ocorreu 8 minutos após o terremoto inicial”, informou Jessica Turner, da USGS, à emissora americana CNN.

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    Histórico de terremotos

    O Japão está situado em uma zona de subducção, ou seja, onde duas placas tectônicas colidem em direções opostas. A energia liberada pela batida provoca os terremotos. O país é, portanto, o mais propenso a terremotos do mundo.

    No entanto, foi a primeira vez que um alerta de tsunami desta magnitude é emitido desde 2011. Naquele ano, um terremoto, seguido de um grande tsunami, atingiu o Japão e fez 18 mil vítimas. O desastre, inclusive, levou ao colapso da usina nuclear de Fukushima. 

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