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Após meses de atrito, EUA anunciam encontro de Biden e Xi

Líder chinês fará visita à Califórnia entre os dias 14 e 17 de novembro; diplomatas dizem que pontos de discussão são irrestritos e 'tudo está sobre a mesa'

Por Da Redação
10 nov 2023, 13h47

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai se reunir com o líder da China, Xi Jinping, na próxima quarta-feira, 15, na área da Baía de São Francisco, disse a Casa Branca nesta sexta-feira, 10. É esperado que os dois chefes de Estado discutam questões globais como as guerras em Israel e na Ucrânia, assim como temas espinhosos – especialmente os laços chineses com a Coreia do Norte e a Rússia.

Biden e Xi também devem falar sobre Taiwan, a segurança no Indo-Pacífico, direitos humanos, a crise de opioides envolvendo o fentanil, e inteligência artificial. Autoridades americanas também esperam que o comércio “justo” nas relações sino-americanas seja pauta da conversa.

“Nada será retido; tudo está sobre a mesa”, disse uma autoridade do governo Biden à emissora americana CNN, sob condição de anonimato. “Temos clareza sobre isso. Sabemos que os esforços para moldar ou reformar a China ao longo de várias décadas falharam. Mas esperamos que a China exista e seja um ator importante no cenário mundial pelo resto de nossas vidas.”

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As autoridades americanas pressionaram pela reunião por acreditar que Pequim está trabalhando para minar a política externa de Washington em todo o mundo. O Ministério das Relações Exteriores da China disse que Xi vai visitar os Estados Unidos entre os dias 14 e 17 de novembro.

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Esta vai ser a primeira vez que Biden e Xi se encontram desde novembro de 2022. A equipe americana planejou uma operação diplomática para melhorar as relações hostis depois de uma crise envolvendo um suposto balão espião chinês, que foi derrubado enquanto transitava pelos céus dos Estados Unidos em fevereiro.

Analistas esperam que o principal resultado da reunião seja uma diplomacia saudável entre os países, em especial sobre questões-chave mundiais, incluindo clima e saúde. Ambos os lados também podem fazer gestos de boa vontade para facilitar as negociações.

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Apesar disso, é difícil dizer se o encontro dará frutos em forma de resultados concretos. Estados Unidos e China estão envolvidos em uma competição direta para garantir vantagem militar e projeção global, disputando a posição de liderança mundial.

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Biden e Xi se encontraram seis vezes desde a posse do presidente americano, em 2021. Porém, Washington esperam que Pequim teste seus diplomatas nas próximas semanas, aproveitando a percepção da mudança de foco da guerra da Ucrânia para o conflito em Israel. Enquanto isso, deve continuar perseguindo suas própria ambições no Indo-Pacífico.

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No encontro da semana que vem, Biden deve alertar Xi que os objetivos americanos na região do Indo-Pacífico continuam os mesmos. Em particular, o líder ocidental deve ressaltar um compromisso com a segurança das Filipinas, em um momento em que Manila e Pequim aumentam os atritos no Mar Meridional da China.

A China tem preocupado os seus vizinhos nos últimos anos com o aumento da presença militar no Estreito de Taiwan e no Mar Meridional da China, áreas de grande disputa internacional.

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