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Após Egito e Tunísia, protestos ocorrem em outros 5 países

Atos contra regimes são registrados no Iêmen, Irã, Bahrein, Iraque e Argélia

Por Da Redação
14 fev 2011, 18h11

Pelo menos cinco países do Oriente Médio foram palco de manifestações nos últimos dias contra os regimes em vigor, após os protestos bem-sucedidos no Egito e na Tunísia. Nesta segunda-feira, as maiores mobilizações ocorreram no Iêmen, em particular na capital Sanaa, onde manifestantes ficaram levemente feridos durante o tumulto. “Depois de Mubarak, vem Ali”, entoavam milhares de manifestantes, a maioria estudantes e advogados, referindo-se ao presidente Ali Abdallah Saleh, no poder há 32 anos.

Os militantes tentaram marchar até a Praça Tahrir – que leva o mesmo nome da praça símbolo dos protestos no Cairo -, mas as forças de segurança instalaram cercas de arame farpado para impedi-los. Centenas de partidários do Congresso Popular Geral (CPG, partido no poder) atacaram, então, os manifestantes com golpes de paus e pedras. Alguns ficaram com ferimentos superficiais. O correspondente da BBC em árabe, Abdullah Ghorab, com o rosto ensanguentado, afirmou ter sido espancado “por homens do partido no poder”.

A manifestação, como outras que ocorreram nos últimos dias, foi organizada por iniciativa de estudantes e representantes da sociedade civil. A oposição parlamentar, que decidiu retomar o diálogo com o regime do presidente Saleh, não foi associada. Em Taiz, ao sul da capital, milhares de pessoas também saíram às ruas para reivindicar uma mudança no regime, e oito pessoas ficaram feridas depois que a polícia dispersou a manifestação, segundo testemunhas.

Irã – Milhares de pessoas tentavam durante a tarde desta segunda reunir-se em diferentes pontos do centro de Teerã, enquanto a polícia e as tropas de choque trabalhavam para impedi-los, segundo testemunhas e vários sites de oposição. Houve confrontos entre manifestantes contrários ao governo de Mahmoud Ahmadinejad e a polícia, que usou gás lacrimogêneo. A mobilização é a primeira demonstração pública significativa da oposição reformista desde o ano passado.

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Por temer a situação, a polícia havia bloqueado e isolado totalmente os domicílios dos dois principais líderes da oposição, o ex-primeiro-ministro Mir Hossein Moussavi e ex-presidente do Parlamento Mehdi Karoubi.

Barhrein – Apesar da polícia probir o protesto no Bahrein, organizado por meio da internet, dezenas de pessoas saíram às ruas de Nouidrat. As autoridades também reprimiram os manifestantes com gás lacrimogêneo. Uma fonte policial informou que não houve prisões.

Iraque – Neste país, a manifestação foi romântica. Por causa do Dia dos Namorados, o Valentine’s Day, centenas de jovens se reuniram com rosas e balões vermelhos no centro de Bagdá para expressar “o amor por seu país” e criticar a ganância dos dirigentes. O primeiro-ministro iraquiano Nouri al-Maliki afirmou que as exigências dos manifestantes eram “legítimas” e que era preciso que os ministros agissem para satisfazê-los.

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Argélia – Em 12 de fevereiro, manifestantes desafiaram a proibição da polícia e realizaram uma passeata de oposição. Uma nova manifestação está prevista para o próximo sábado.

Síria – Na Síria, uma blogueira de 19 anos foi condenada a cinco anos de prisão após ser acusada e julgada por divulgar informações aos Estados Unidos, segundo o Observatório sírio de Direitos Humanos.

(Com Agência France-Presse)

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